O Boletim Agropecuário do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) traz um panorama da produção de suínos, aves e bovinos em Santa Catarina. O documento dá uma dimensão da grandiosidade da cadeia produtiva de proteína animal no Estado e seu impacto na economia e na vida dos catarinenses.
Com forte tradição na pecuária, Santa Catarina é berço das principais empresas do setor de carnes do Brasil e foi também o pioneiro na integração vertical nas cadeias produtivas de aves e suínos. São 18 mil produtores integrados às agroindústrias em Santa Catarina e o setor de carnes gera quase 60 mil empregos diretos em frigoríficos e indústrias de beneficiamento.
A carne – frango, suínos e bovinos – é responsável pelo maior faturamento no Valor Bruto da Produção Agropecuária de Santa Catarina, foram R$12,48 bilhões em 2016. O Estado é o maior produtor nacional de carne suína e o segundo maior de carne de frango, atendendo o mercado brasileiro e o exterior, com presença em mais de 120 países. “Os produtos catarinenses são reconhecidos internacionalmente pela sua qualidade, essa foi a nossa preocupação maior ao longo dos anos. Quando investimos em sanidade animal e vegetal e buscamos certificados internacionais, que garantem a sanidade de nossos rebanhos, estamos garantindo também a qualidade da carne produzida em Santa Catarina”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa.
Em Santa Catarina, produtores, iniciativa privada e Governo do Estado estão unidos em busca da excelência sanitária. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) acompanha de perto a produção de aves, suínos e bovinos no Estado. O trabalho começa nas propriedades rurais com a orientação de produtores, auxilio no combate a doenças e a emissão da Guia de Transito Animal (GTA), que atesta que os animais são saudáveis e podem ser abatidos. Dentro dos frigoríficos, é obrigatória a presença de médicos veterinários do Ministério da Agricultura ou habilitados pela Cidasc durante os abates para a inspeção dos produtos. São feitos ainda exames laboratoriais na carne e, quando chegam aos pontos de venda, os produtos passam pela fiscalização da Vigilância Sanitária.
Suinocultura
A suinocultura catarinense fechou 2016 com uma produção de 969 mil toneladas, sendo que 28,3% foi destinado à exportação e 71,7% atendeu ao mercado interno. O Estado respondeu por 38% de toda carne suína exportada pelo país e faturou US$ 555,2 milhões. Os principais destinos foram países como Rússia, China e Hong Kong.
Graças ao seu status sanitário diferenciado como único Estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e, junto com o Rio Grande do Sul, zona livre de peste suína clássica com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Santa Catarina tem acesso exclusivo aos mercados mais competitivos do mundo, com habilitação para exportar carne suína para Estados Unidos e Japão.
Avicultura
A carne de frango é o principal produto da pauta de exportações de Santa Catarina. Com 8.500 produtores, o setor produziu 2,1 milhões de toneladas em 2016 e desse total 47% foi destinada ao mercado externo. O faturamento das exportações chegou a US$ 1,7 bilhão e a carne de frango catarinense chegou a países como Japão, Holanda, Bélgica, China, Arábia Saudita e Reino Unido