UOL – O bombeiro Arquimedes Mejía, um dos primeiros a chegar ao local do acidente com o avião da Chapecoense, contou à Rádio Caracol que as vítimas estavam presas às cadeiras da aeronave e que os gritos dos sobreviventes ajudaram no resgate.
“Os corpos estavam amarrados às cadeiras e não havia cheiro de combustível, não havia queimaduras em ninguém. O avião estava partido em três partes”, afirmou o bombeiro em entrevista à Rádio Caracol.
Mejía disse que a primeira equipe de socorristas se dirigiu ao Cerro Gordo – local do acidente – ao receber ligações de pessoas próximas à região que haviam escutado um forte estrondo. Além disso, souberam também que um avião havia perdido contato com a torre de controle.
“Depois de uns 15 minutos que o avião sumiu do radar começamos a receber ligações e fomos para lá. Éramos cerca de 14 pessoas . Quando chegamos, ouvimos gritos e isso nos guiou ao exato local”, explicou Mejía. “As pessoas que foram resgatadas com vida estavam na parte de cima da montanha. Os corpos dos mortos estavam no cânion, mais abaixo”, prosseguiu.
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“Pelo que entendo, o avião bateu com o trem de pouso na montanha e se partiu. Uma parte ficou na parte de cima e o restante caiu. Creio que se não tivesse batido na montanha, a tragédia seria ainda pior. Teria caído na cidade de La Unión e feito muito mais vítimas. Foi um milagre isso não ter ocorrido”, completou.
Mejía afirmou ainda que o resgate mais complicado foi o da aeromoça Ximena Suárez, que estava presa às ferragens. “Levamos quase uma hora e meia para conseguir resgatá-la”, relatou.