A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (12) que estima uma colheita de 238,7 milhões de toneladas de grãos para a safra 2016/17. O número representa um crescimento de 27,9% em relação a 2015/2016 . A área plantada também aumentou em 4,4%, chegando a 60,9 milhões de hectares. O crédito rural e o clima são fatores apontados como diferencias positivos para o resultado final.
O presidente da Conab, Marcelo Bezerra, explica que o crescimento da produtividade deveu-se a fatores como “a disponibilização do crédito no momento certo, o comportamento dos custos de produção no momento do plantio, o clima e a tecnologia”.
Segundo o estudo da Conab, a produção do milho primeira safra é de 30,46 milhões de toneladas, com crescimento é de 18,3%, com relação à colheita anterior. Já para a segunda safra, a estimativa é que atinja 67,25 milhões de toneladas.
No setor da soja, que é o grão mais produzido no país e representou 13,72% de toda a exportação brasileira em 2016, a expectativa para este ano é que a colheita chegue a 114 milhões de toneladas.
O feijão também teve forte alta na produção. Com produção de 1,36 milhão de toneladas na primeira safra, e 1,2 milhão na segunda, a expectativa é que o setor atinja 836,3 mil toneladas na terceira safra. De acordo com a Conab, o aumento expressivo na produção do grão acontece pelo aumento de 17,2% na área de produção.
Já o trigo, com redução de 9,5% na área semeada, teve uma ligeira queda de produção. No entanto, estima-se que o setor produza 5,19 milhões de toneladas. A transição de fase vegetativa e o clima são fatores que cooperam com a queda da safra.
Para o diretor da secretaria de política agrícola, Silvio Farnese, os números apresentados hoje mostram o aumento da produtividade. “O número de 238,7 milhões de toneladas na safra de grãos representa o crescimento de quase 30% na produção e apenas pouco mais 4% área plantada. O padrão tecnológico e o conhecimento que o produtor tem hoje são fatores que cooperam com esses dados”, afirmou.
Logística
Apesar da alta produção, o país ainda tem limitações para o escoamento da safra. “Nossos portos melhoraram, mas ainda temos alguns gargalos, sobretudo na região Norte. O custo do frete com distâncias acima de 3 mil quilômetros é muito alto. Diminuir esse custo é um desafio”, disse Farnese.
A Conab também alerta para a necessidade de cuidados especiais com produtos que ficarão estocados por mais tempo, para evitar o desperdício.