A Câmara Municipal de Biguaçu aprovou, nesta terça-feira (18), o requerimento 0043/2024, que autoriza disponibilizar o vídeo da sessão onde a vereadora Salete Orlandina Cardoso (PL) fez um ataque a Jair Bolsonaro (PL), quando ele era deputado federal. A sessão requerida é datada de 18 de abril de 2016, um dia após Bolsonaro votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O requerimento foi protocolizado no Legislativo biguaçuense pelas bancadas do MDB e do Podemos, após o vereador Lucas Rosa Vieira, o “Manequinha” (MDB), solicitar cópia do vídeo à Mesa Diretora. Esta pediu parecer da Procuradoria Jurídica da casa, que orientou entregar o material somente após a aprovação da maioria dos vereadores em plenário.
A novela envolvendo o vídeo de Salete atacando Bolsonaro veio à tona após ela dar uma guinada nas suas posições políticas, principalmente após o ex-presidente Jair Bolsonaro ter se filiado ao Partido Liberal. Salete tinha, até então, um comportamento de esquerda, inclusive foi filiada por vários anos no Partido Verde.
No entanto, ela foi parar no PL a pedido de Jorginho Mello, bem antes de Bolsonaro entrar no partido. Até então, a vereadora se posicionava contra Bolsonaro, inclusive na pandemia (quando Bolsonaro era do PSL).
Mas, com a migração de Bolsonaro para o PL, Salete enxergou ali uma oportunidade de pegar carona na popularidade do ex-presidente. Há algumas semanas, inclusive, gravou um vídeo passando um perfume da marca da família Bolsonaro para ficar com o “cheirinho do Mito”.
Essa mudança de atitude de Salete não passou despercebido da classe política biguaçuense, inclusive com alguns lembrando da sessão em que ela fez ataque a Bolsonaro na tribuna da Câmara de Biguaçu.
A intenção de Manequinha é mostrar à sociedade, principalmente aos bolsonaristas de Biguaçu, que Salete nunca foi alinhada com o pensamento de Bolsonaro, mas ao contrário disso, tanto que chegou a fazer ataque a ele na tribuna da Câmara de Biguaçu.