Com orientações técnicas gratuitas e ações de fiscalização do programa Trato pelo Araújo, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) vem reduzindo as ligações irregulares de imóveis que despejam água pluvial na rede de esgoto em São José.
Desde o início do programa, em março de 2022, entre 328 casas com irregularidades identificadas nos bairros Campinas e Kobrasol, 207 já deixaram de lançar indevidamente a água da chuva na rede de esgoto após receberem a visita das equipes técnicas.
Além de causar danos à infraestrutura que não é projetada para receber o volume extra e pode ficar sobrecarregada, a prática de conectar as águas pluviais à rede de esgoto é considerada crime ambiental. Também representa um risco à saúde pública, já que aumenta as chances de extravasamentos nas ruas e do retorno de esgoto para dentro das residências. Como dilui o esgoto, a água da chuva também compromete a depuração da Estação de Tratamento,
O técnico coordenador da JPR Ambiental, Irineu de Oliveira Lutz Júnior, explica a importância das ações corretivas para a ligação adequada ao sistema de esgoto, bem como para a melhoria do saneamento e a proteção da bacia hidrográfica do Rio Araújo.
“A água da chuva é considerada limpa e, de forma natural, infiltra-se no solo, abastecendo rios e bacias. Quando essa água, coletada por telhados, calhas e ralos externos, é direcionada à rede coletora da CASAN, mistura-se ao esgoto doméstico, tornando-se contaminada. Além disso, a rede de esgoto não é dimensionada para receber esse volume adicional, que varia com a intensidade da precipitação, causando transbordamentos e contaminações em casos de enchente”, alerta.