Em depoimento à polícia, um segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que Francisco Wanderley Luiz, catarinense de Rio do Sul que detonou bombas na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira (13), deitou no chão e esperou uma das explosões ocorrer.
Ele teria se aproximado e ficado em frente à estátua da Justiça em uma “atitude suspeita”, segundo o segurança. O homem carregava uma mochila e um extintor. As informações estão no boletim de ocorrência.
Durante a ação de Luiz, apenas um segurança do Supremo estava no local. Aos agentes da polícia, o funcionário da Corte disse que tentou se aproximar do homem, mas teria sido advertido pelo mesmo. Ele também afirmou que acionou reforço “imediato”.
Boletim de ocorrência diz que o Luiz jogou artefatos que causaram explosão, mas a distância impediu que atingisse o prédio do STF. Ele teria lançado cerca de três explosivos. A 500 metros dali, no estacionamento da Câmara, um carro foi detonado.
Visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. Tirou os artefatos e verificou que o indivíduo trazia algo diferente. Pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão.
Francisco foi candidato a vereador em 2020 pelo PL. À época, ele concorreu com o nome Tiü França, recebeu 98 votos e não foi eleito para o cargo.
Em publicações no Facebook, horas antes das explosões, Luiz falou em bombas na casa de lideranças políticas. “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc.”, escreveu.
“Deixaram a raposa entrar no galinheiro”, disse ao postar uma foto supostamente no plenário do STF. A Corte informou informou que apura a data exata do registro e a veracidade da imagem.