Nesta quarta-feira, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) decidiu manter suspensos a retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves (ostras, vieiras, moluscos e berbigões). A medida é necessária para preservar a saúde dos consumidores, pois as novas análises indicam que ainda há níveis altos da toxina ácido ocadaico nestes animais.
A toxina é absorvida pelos moluscos bivalves quando há grande proliferação da microalga Dinophysis na água do mar. Nos animais aquáticos, a toxina não provoca problemas e é naturalmente expelida conforme as condições da água se modificam. Porém, o consumo de moluscos com alta concentração de ácido ocadaico por humanos provoca sintomas gastrointestinais como enjôo, vômitos e diarreia, que podem ser graves em pessoas com a saúde mais debilitada.
O médico-veterinário Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e Abelhas na Cidasc, lembra que a proliferação de algas é um processo natural. A Cidasc mantém o monitoramento semanalmente e assim que a repetição das análises apontar modificação no quadro, a retirada dos moluscos bivalves poderá ser retomada. Estes animais filtram a água e neste processo, havendo redução na concentração de algas no mar, expelem naturalmente a toxina.