*Alexandre Lenzi
O governador Raimundo Colombo participou na tarde desta segunda-feira, 1º de fevereiro, em Brasília, de encontro de governadores para tratar de medidas para enfrentamento ao cenário de crise nacional e queda na arrecadação. Entre os temas, destaque para a discussão em torno da renegociação das dívidas dos estados com a União.
“É necessário o esforço de todos os governantes para proteger os empregos e garantir a retomada dos investimentos em todo o país, e para isso precisamos desenvolver uma série de ações estruturais e emergenciais. A proposta é de que agora realizemos fóruns para apresentar a nação questões como a reforma da previdência, a reforma do Estado, que precisam ser levadas ao Congresso para que isso realmente represente a retomada do crescimento de forma consolidada”, afirmou Colombo, explicando que as propostas devem ser detalhadas e divulgadas dentro de 30 dias.
Em entrevista para a imprensa, destacou a importância desse debate propositivo. “Em encontros como o de hoje, nós temos que aproveitar não para lamentar as dificuldades dos governos, mas para procurar agir como força política no sentido de construirmos as mudanças de que o Brasil precisa, mudanças estruturais fundamentais que reduzam os custos dos estados. Essa força política precisa ser usada como uma força transformadora, se for só um muro de lamentações não vamos chegar a lugar algum. É o momento de nos agigantarmos diante das dificuldades”, defendeu.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, foi o anfitrião do encontro. Após o evento realizado na residência oficial do governador do Distrito Federal, parte do grupo, incluindo Colombo, participaria de reuniões no Supremo Tribunal Federal (STF) e com o presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda na noite desta segunda-feira.
Renegociação da dívida dos estados
No final de de dezembro, a presidente Dilma Rousseff assinou o decreto que regulamenta a aplicação do novo indexador das dívidas dos Estados, Distrito Federal e municípios com a União. A data de 31 de janeiro de 2016 foi estabelecida como limite para a aplicação do novo indexador. O Governo de Santa Catarina não assinou o aditivo que enquadraria o Estado na mudança de cálculo.
“A questão da dívida dos estados é fundamental. Santa Catarina não concorda com os levantamentos feitos pelo governo federal. Os números são muito diferentes, com prejuízos para os estados”, defendeu Colombo. “Estamos há meses tratando disso, com consultorias especializadas. Nosso esforço é pelo entendimento. Estamos levando os argumentos”, explicou Colombo. No entanto, o governador não descarta a alternativa de que o Governo do Estado leve a discussão para a Justiça.
*Alexandre Lenzi / Assessoria