A Comissão de Ética da Câmara de Biguaçu iniciou hoje os procedimentos para saber se a vereadora Salete Cardoso (PL) foi funcionária fantasma da prefeitura em anos anteriores. Ela é concursada em um cargo no Poder Executivo municipal, porém, a Polícia Civil e o Ministério Público investigam denúncia de que a parlamentar não batia ponto no horário de expediente – o que configuraria “funcionária fantasma”.
A Comissão quer saber se Salete recebeu salários do município sem trabalhar. Para isso, protocolizou hoje dois requerimentos. Um deles solicitando à Prefeitura Municipal se foi instaurado alguma procedimento para apurar as denúncias. O outro é endereçado à Polícia Civil pedindo informações sobre o inquérito que está em andamento na delegacia de Biguaçu.
A partir das respostas dos dois requerimentos a Comissão de Ética do Poder Legislativo irá se reunir para decidir quais os próximos passos, se Salete enfrentará, por exemplo, uma comissão processante que pode tirar-lhe o mandato.
No ano passado, Salete foi protagonista de um processo na Comissão de Ética da Câmara biguaçuense. Ela protocolizou pedido de cassação do então vereador Douglas Borba, que era chefe da Casa Civil do Governo de Santa Catarina e passou a ser investigado no escândalo dos respiradores. Salete argumentou na época que Douglas envergonhava a Câmara de Biguaçu.
Douglas renunciou para manter os direitos políticos. Restará saber qual será a decisão de Salete caso um processo de cassação seja de fato iniciado contra ela nos próximos dias.