Por 11 votos a zero, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o arquivamento do processo em que o PSC acusa o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) de quebra do decoro parlamentar por publicar críticas a integrantes do partido nas redes sociais.
Por 8 votos a 4, o colegiado também arquivou o processo movido pelo PT contra o deputado Laerte Bessa (PR-DF), acusado de ofender lideranças do partido.
Wyllys foi acusado pelo PSC de ferir o decoro parlamentar ao criticar integrantes do partido nas redes sociais, logo após o massacre de gays em boate de Orlando, nos Estados Unidos
Na ocasião, Wyllys citou “delírios homofóbicos de políticos e líderes religiosos mentirosos” e criticou discursos de ódio de “bolsomitos, malafaias e felicianos”, o que ofendeu os deputados Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Pastor Marco Feliciano, todos do PSC.
O relator do processo, Júlio Delgado (PSB-MG), argumentou que os comentários de Wyllys não ferem o decoro parlamentar.
Já Laerte Bessa foi acusado pelo PT de proferir ofensas, no Plenário da Câmara, contra os ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O episódio ocorreu em 15 de junho, mas o relator, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), usou o princípio constitucional da inviolabilidade parlamentar por opiniões, palavras e votos para recomendar o arquivamento do processo.
Os dois deputados ainda respondem a outros processos no Conselho de Ética. Jean Wyllys é acusado, pela Mesa Diretora da Câmara, de quebra do decoro por ter cuspido na direção de Jair Bolsonaro, em 17 de abril. E Laerte Bessa enfrenta processo movido pelo PSB por críticas ao governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
Agência Câmara