Crianças de até cinco anos e gestantes são os grupos com a menor cobertura da vacina contra a gripe em Santa Catarina. Mesmo com a mobilização em torno da realização do Dia D, no último sábado, 12, ainda não se chegou a uma cobertura de 50% da meta nestes grupos específicos.
De acordo com o balanço parcial divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Dive) extraído do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), gestantes, com 34%, e crianças de seis meses a cinco anos de idade, com 37,4% foram os que menos procuraram a vacinação até o momento.
Em Santa Catarina, os grupos prioritários que mais se vacinaram foram os idosos (68,74%) e as puérperas 60%, ou seja, as mães que deram a luz há menos de 45 dias. A meta do Ministério da Saúde (MS) é alcançar uma cobertura vacinal de 90% nos grupos prioritários, que totalizam 1.844.225 de pessoas em Santa Catarina.
“O balanço até o momento é positivo, o que demonstra que a população pertencente aos grupos prioritários está procurando se vacinar de forma antecipada. Mas alertamos que a baixa procura por gestantes e crianças está preocupante”, informa Vanessa Vieira da Silva, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Imunização e DTHA da Dive. “É importante lembrar que a campanha continua até o dia 1º de junho”, finaliza Vanessa.
No sábado, 12 de maio, com o “Dia D” de mobilização da campanha nacional de vacinação contra a gripe, foi grande a procura às unidades de saúde da rede pública em todo o Estado. Desde o dia 23 de abril, quando a campanha foi iniciada em Santa Catarina, 953.611 pessoas já foram vacinadas.
Entre os grupos prioritários, em que se acompanha a cobertura vacinal (crianças entre seis meses e cinco anos de idade, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e professores da rede pública e privada e idosos), foram aplicadas 747.972 o que equivale a uma cobertura de 54,5%. Outras 205.659 doses foram aplicadas em indivíduos portadores de doenças crônicas ou com condições clínicas especiais*.
A vacinação é apenas um dos pilares do tripé de combate a gripe. Os outros são a prevenção e o tratamento. A prevenção é adotar as medidas de higiene e da chamada etiqueta da tosse, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar locais fechados e com aglomerações de pessoas, cobrir o rosto com lenço descartável ou com o antebraço ao tossir e espirrar e manter os ambientes ventilados. O tratamento deve ser iniciado assim que forem identificados os primeiros sintomas da gripe, que são febre alta, tosse seca, e dores pelo corpo. Quando não tratada a tempo, a gripe pode evoluir para formas graves, como pneumonia, e levar à hospitalização e ao óbito. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No site www.gripe.sc.gov.br, além de informações sobre a doença, as formas de prevenção e tratamento, há a lista completa das salas de vacina existentes em Santa Catarina, tanto da rede pública como das unidades privadas credenciadas pela Dive para comercializar as vacinas.
*Indivíduos que apresentem pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias; nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; transtornos neurológicos e do desenvolvimento (como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros); obesidade; imunossupressão associada a medicamentos; neoplasias; HIV/AIDS ou outros e pacientes com tuberculose, de todas as formas.