O presidente Michel Temer (MDB) assinará na tarde desta sexta-feira (25) um decreto a fim de viabilizar o emprego das forças federais para desbloquear rodovias fechadas pelo movimento dos caminhoneiros. Segundo informações do governo, caso algum caminhoneiro não queria retirar o caminhão da rodovia, os militares que estivem atuando na operação poderão assumir a cabine e dirigir os veículos. Além disso, os motoristas que resistirem à desocupação poderão ser presos e multados.
Temer anunciou no começo da tarde o uso das forças federais – que segundo a assessoria do Planalto inclui Exército, Aeronáutica, Marinha, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança. O governo informou que já entrou em contato com governadores para que as polícias militares também sejam utilizadas na operação para desbloquear rodovias estaduais.
Em razão da paralisação, faltam alimentos em supermercados e combustível em postos de gasolina. O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
O decreto será ainda publicado nesta sexta, em uma edição extra no “Diário Oficial da União”. Mesmo assim, as Forças Armadas já estão mobilizadas, mas vão esperar a publicação para iniciar a operação, conforme fonte do governo federal.
Segundo o Planalto, a prioridade é desbloquear as rodovias para garantir abastecimento de combustível em seis aeroportos e duas termelétricas. Entre os aeroportos, estão Brasília, Recife, Congonhas, Confins e Porto Alegre. A ordem será liberar todas as estradas, inclusive os acostamentos.
Está prevista para a tarde desta sexta-feira uma entrevista coletiva do Ministério da Segurança Pública a fim de explicar como será feita a operação de desbloqueio das rodovias.