A Polícia Federal promoveu a delegada Érika Mialik Marena a superintendente da PF em Sergipe. Ela atuava em Florianópolis, no combate à corrupção e desvios de verbas públicas em Santa Catarina, e conduziu a operação “Ouvidos Moucos” – que pediu à justiça a prisão do então reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier (este suicidou-se dias depois, deixando carta apontando como motivação o fato de ter sido encarcerado – segundo ele, injustamente).
Conforme a PF, a operação apura supostas irregularidades na gestão de recursos de bolsistas de ensino à distância da UFSC. O reitor negava com veemência qualquer irregularidade e lamentou, aos amigos, que teve a carreira manchada pelo cárcere. Ele foi preso temporariamente por cinco dias, sem ser réu, nem ter sido intimado a ser ouvido no caso. A delegada Marena apontou, no pedido de prisão, que ele estaria “dificultando” as investigações internas dentro da UFSC.
Érika também atuou na Lava Jato, em Curitiba (PR), inclusive dando nome à operação. Antes de ser transferida de Curitiba paras Florianópolis, o nome dela havia sido cogitado para assumir a direção geral da PF, no lugar do ex-diretor Leandro Daiello (na vaga deste, o Ministério da Justiça nomeou Fernando Segóvia ).
Novo superintendente em SC
Além da saída de Marena de Santa Catarina, a PF também alterou o superintendente no estado. A delegada Paula Dora assume o cargo no lugar de Marcelo Mosele. Ela estava na direção de combate a crimes organizados e anteriormente ocupou uma função na Polícia Federal junto a interpol, em Lyon, na França. Mosele permanece em outro cargo de chefia ainda não definido, segundo a PF.
Com informações do G1