Os deputados do PROS, do PODE e do PSB foram os que menos seguiram as orientações das lideranças ou dos blocos partidários em votações nominais da Câmara. É o que aponta um levantamento do G1 com os dados de todas as votações nominais na Câmara dos Deputados de 1º de fevereiro a 12 de julho de 2019.
A pesquisa também identificou quais foram os deputados federais que menos seguiram as orientações dos partidos ou dos blocos partidários. São eles: Weliton Prado (PROS-MG), Átila Lira (PSB-PI), Rodrigo Coelho (PSB-SC), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Boca Aberta (PROS-PR). Todos tiveram mais votos divergentes do que iguais às orientações partidárias.
Terceiro mais infiel, o catarinense Rodrigo Coelho (PSB-SC) registrou 65 votos diferentes da orientação do partido ou do bloco partidário em 118 votações nominais no plenário. Isso significa que ele divergiu da sigla em 55,1% dos casos. A assessoria de imprensa de Coelho diz que o deputado “se manifesta independente de posições partidárias, nunca se classificando nem como situação e nem como oposição” e que “age por convicção e pela coerência do assunto tratado”.
“Todos os projetos foram analisados com cautela e as decisões foram tomadas por consciência de que seriam a melhor opção para o país. A fidelidade que deve existir na política é com a população, uma vez que o parlamentar considera o povo o seu único chefe”, afirma.
Campeão e vice na infidelidade partidária
O deputado mais “indisciplinado” é Weliton Prado (PROS-MG). Em 69 votações nominais, ele votou diferente da orientação 46 vezes. A taxa de infidelidade de Prado é de 66,7%. Em nota, a assessoria do deputado afirma que ele tem “independência e coerência na atuação parlamentar, que é voltada para os interesses da população” e que esse compromisso está registrado em cartório desde o primeiro mandato na Câmara.
Em seguida, aparece o deputado Átila Lira (PSB-PI). Em 117 votações, ele contrariou a orientação do líder ou do bloco partidário 77 vezes. O percentual de infidelidade é de 65,8%. O deputado afirma que votou contra a orientação do partido ou do bloco principalmente em proposições que envolvem assuntos econômicos, como a reforma da Previdência, e que acredita em menos intervenção do Estado e mais livre iniciativa.
*Texto e informações do G1