Os deputados criticaram a manifestação de membros da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc) na reunião da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Assembleia Legislativa legislativa de Santa Catarina (Alesc), realizada nesta quarta-feira.
“O deputado Marcos Vieira (PSDB) pediu para que as câmaras mostrassem os policiais que estavam fazendo o protesto de forma desrespeitosa, a sociedade precisa saber que esta não é a PM catarinense”, declarou Kennedy Nunes (PSD), ponderando que os membros da CFT aprovaram reajuste salarial para a Segurança Pública. “Começa na PM recebendo R$ 4,5 mil e um coronel ‘full’ (no topo da carreira) recebe R$ 25 mil”, justificou o parlamentar durante a sessão ordinária da tarde desta quarta-feira.
Kennedy argumentou que existe decisão judicial impedindo o governo de pagar indenização ao policial que está de férias. “O governo aceitou as emendas e a indenização será paga na licença maternidade, licença saúde e 13º, ficando de fora só nas férias”, esclareceu o representante de Joinville, revelando em seguida que ele e os deputados Dalmo Claro (PMDB) e Silvio Dreveck (PP) foram xingados de “vagabundos, sem vergonhas e safados” nos corredores da Casa por membros da Aprasc.
Vicente Caropreso (PSDB) relatou que foi alvo, juntamente com os deputados Serafim Venzon (PSDB) e Leonel Pavan (PSDB), de provocação idêntica. “Aconteceu há dez dias em um restaurante, falaram adjetivos impublicáveis e por pouco não acaba acontecendo um fato mais grave”, contou Caropreso, que repudiou o assédio desrespeitoso.
Gabriel Ribeiro (PSD) elogiou o discurso de Kennedy e afirmou que o momento político demanda moderação. Silvio Dreveck minimizou os xingamentos. “São atitudes isoladas de membros da Aprasc”, avaliou o Líder do Governo.
Já o deputado Dirceu Dresch (PT) responsabilizou o governo pelo impasse. “O Executivo quer empurrar goela abaixo as três medidas provisórias sem um diálogo franco, em nenhum momento debateu com os policiais.”Para o deputado, a origem do problema está no aumento da folha de pessoal da Segurança Pública. “Erros foram cometidos quando aumentamos em 100% o custo da segurança nos últimos quatro anos, agora o trabalhador da ponta não pode ser responsabilizado pelo erro grave de extrapolar o teto, a responsabilidade é do Executivo”, garantiu Dresch.
Agência AL