Tiago Salazar – Gazeta Esportiva
Lucas Lima recebeu sofreu sete faltas neste sábado, durante o empate por 0 a 0 com o Figueirense. O camisa 20 foi o jogador do Peixe que mais teve dificuldades de se desvincilhar a marcação, muitas vezes dobrada ou até mesmo feita por três jogadores. A prática tem se tornado rotineira em jogos do Santos. Em Florianópolis, Lucas Lima não conseguiu segurar sua insatisfação e ficou claramente irritado com a situação, discutiu com jogadores adversários e acabou dando uma atenção demasiada a este obstáculo individual. Para Dorival Júnior, a reação de seu meia é compreensível.
“Você tem que entender também o outro lado. Você apanhar, apanhar, apanhar e as coisas não acontecerem, é natural que desequilibre qualquer um. E isso tem acontecido na maioria dos jogos. O jogo no meio da semana foi assim, os jogos anteriores da mesma forma. Nós não queremos privilégio, mas queremos uma atenção especial para isso que está acontecendo. É um rodízio. E é claro, é nítido que isso está fazendo com que exista um desequilíbrio natural do atleta”, explicou o técnico santista, dando uma boa dose de razão ao seu atleta.
“Por mas que nós estejamos em cima, sempre chamando a atenção, é uma reação que faz com que qualquer um perca a cabeça e saia de uma normalidade e tenha uma reação inesperada em algumas situações”, completou.
O alerta de Dorival Júnior, no entanto vem acompanhado de um conselho para o próprio jogadores. Refém do próprio talento, Lucas Lima vai ter de se adaptar a este tipo de jogo, segundo o técnico.
“Ele está cativando uma condição em razão das suas qualidades, do potencial que possui. E é natural que tenha que conviver e aprenda a conviver com reações desse tipo, porque muitas delas ainda acontecerão”, avisou.
Arbitragem
Leandro Pedro Vuaden apitou a partida no estádio Orlando Scarpelli neste sábado e foi muito criticado por não ter marcado dois pênaltis, um para cada time. O árbitro gaúcho não viu pênalti no lance que Gustavo Henrique empurra Dudu pelas costas, dentro da área, e também ignorou o puxão de Juninho em Geuvânio, quando o atacante já recebia passe para sair na cara do gol.
Mas, para Dorival Júnior, o empate sem gols neste 32ª rodada não tem qualquer relação com a arbitragem. Pelo contrário. Após a partida, o treinador do Santos demostrou muito respeito com Vuaden ao revelar que ele foi a campo no dia seguinte ao falecimento de seu pai.
“Não acho que ele influenciou. E nós temos que entender. Ele foi até um profissional acima do normal. Ter perdido o pai no dia de ontem (sexta) e estando aqui hoje (sábado) para apitar uma partida de futebol, acho que nós temos, antes de tudo, reconhecermos um valor de uma pessoa, um ser humano, um profissional, que fez seu máximo. Alguns lances sempre acontecem, mas não acho que ele teve interferência diretamente, não. Se teve, foi um errinho para um lado, um errinho para o outro. Eu acredito que tenha sido uma arbitragem tranquila, até em relação a tudo que temos visto anteriormente, e apenas lastimamos e sentimos pela passagem de seu pai”, comentou Dorival Júnior.