O ex-chefe da Casa Civil Douglas Borba (PSL) foi convocado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa de Salta Catarina (Alesc) para investigar as irregularidades na compra de 200 respiradores feita pelo Governo do Estado, com pagamento adiantado de R$ 33 milhões à empresa Veigamed. Até agora, apenas 50 peças – de marca diferente daquela definida no contrato e, com preços bem menores – foram entregues e aguardam despacho alfandegário por falta de documentos.
Estava previsto o depoimento para esta terça-feira (26), porém, os trabalhos na Alesc foram suspensos a partir desta segunda, devido a um caso positivo de coronavírus em um dos funcionários da casa. Com isso, os trabalhos na CPI retornam somente na semana que vem.
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Douglas foi citado pelo ex-secretário de Saúde Helton Zeferino e pela ex-superintendente de gestão administrativa Márcia Regina Geremias Pauli como quem apresentou a Veigamed para fechar negócio com a Secretaria de Saúde, por meio do empresário Fábio Guasti. Em seguida, Borba apresentou o advogado Leandro de Barros para falar em nome da Veigamed, dando garantias de que o contrato seria cumprido – o que não ocorreu até agora. Leandro advoga para uma das empresas de Guasti, a “Meu Vale”.
Douglas, Fábio, Leandro e os demais investigados na Operação Oxigênio tiveram os bens bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público de Santa Catarina, para eventual reparo de dano ao erário público, caso sejam comprovadas irregularidades naquela aquisição milionária e que não teve nenhuma garantia da empresa que recebeu os R$ 33 milhões adiantados.
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Após o escândalo tornar-se público, Douglas pediu exoneração da Casa Civil e também renunciou ao cargo de vereador em Biguaçu. Leandro foi ouvido pelo MPSC e também pela CPI na Alesc que investiga “quem apertou o botão” para fechar o negócio e os interesses de cada um dos envolvidos.
Notícia atualizada às 16h