O empresário Fábio Deambrósio Guasti, um dos investigados na Operação Oxigênio – que apura a compra de 200 respiradores com pagamento adiantado de R$ 33 milhões por parte do Governo do Estado – afirmou, nesta sexta-feira (22), que aguarda ser ouvido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Segundo nota de sua defesa, “já foram feitas três manifestações à Promotoria que investiga os fatos para que ele seja ouvido e possa prestar os esclarecimentos necessários para comprovar a lisura da sua conduta na investigação em questão“.
Guasti foi indicado à Secretaria de Estado da Saúde, no processo de compra dos respiradores, pelo ex-chefe da Casa Civil Douglas Borba (PSL), como representante da empresa Veigamed – contratada pelo governo para fornecer os aparelhos. Das 200 peças compradas, apenas 50 foram entregues até agora (de um modelo mais barato do que o que fora comprado) e estão aguardando os despachos aduaneiros.
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O MPSC investiga a ligação de Douglas Borba, Fábio Guasti e o advogado Leandro Adriano de Barros. Este foi colocado no negócio também pelo então chefe da Casa Civil, após surgirem notícias de que a Veigamed poderia não entregar os respiradores. Leandro, então, passou a falar com a Secretaria de Saúde em nome de Guasti e a garantir que a Veigamed iria cumprir o contrato – o que não ocorreu até agora. Barros também advoga para uma das empresas de Guasti, a “Meu Vale”.
Douglas, Fábio, Leandro e os demais investigados na Operação Oxigênio tiveram os bens bloqueados pela Justiça a pedido do MPSC, para eventual reparo de dano ao erário público, caso sejam comprovadas irregularidades naquela aquisição milionária e que não teve nenhuma garantia da empresa que recebeu os R$ 33 milhões adiantados.
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Após o escândalo tornar-se público, Douglas pediu exoneração da Casa Civil e também renunciou ao cargo de vereador em Biguaçu. Leandro foi ouvido pelo MPSC e também pela CPI na Alesc que investiga “quem apertou o botão” para fechar o negócio e os interesses de cada um dos envolvidos.