A defesa do médico e empresário Fábio Dambrósio Guasti, preso na segunda fase da Operação Oxigênio, entrou com pedido de habeas corpus na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) na noite desta segunda-feira (8). O relator do pedido é o desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann – que ainda não analisou a solicitação de liberdade.
Guasti foi detido pela polícia de São Paulo, na manhã de domingo, em um posto de combustível em Sorocaba (87 km da capital paulista). Na tarde de ontem, ele fora trazido a Santa Catarina e levado para a carceragem da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São José.
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Conforme a força-tarefa que investiga a compra de 200 respiradores pelo Governo do Estado a custo de R$ 33 milhões pagos adiantados, Fábio Guasti recebera R$ 2 milhões da Veigamed para intermediar o negócio com a Secretaria de Saúde. Ele foi indicado pelo então chefe da Casa Civil, Douglas Borba (PSL), por intermédio do advogado Leandro Adriano de Barros. Este recebeu R$ 30 mil de “comissão” de Guasti, segundo consta do processo apurado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
De acordo com a investigação, Fábio atuou fazendo grande “pressão” no departamento de compras da Secretaria de Saúde, dizendo que não iria ter respiradores disponíveis no mercado, caso o pagamento não fosse feito logo, pois estava “morrendo muita gente” e todo mundo queria comprar respiradores. Depois de convencer a Superintendência de Gestão Administrativa a fechar o negócio, Guasti passou a pressionar o gestor do Fundo Estadual de Saúde a fazer o pagamento.
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Os depósitos do Estado caíram na conta da Veigamed nos dias 3 e 6 de abril. No mesmo dia 6, a Veigamed transferiu R$ 2 milhões para a conta bancária de uma das empresas de Fágio Guasti. Também no mesmo dia, o empresário transferiu R$ 30 mil para Leandro Barros a título de “comissão”.
Fábio, Douglas e Leandro estão presos na sede do Deic e poderão ser transferidos para unidades prisionais do Estado, após serem ouvidos novamente pela força-tarefa.
A assessoria de Fábio Dambrósio Guasti emitiu nota afirmando que “a defesa de Fábio Guasti entende que a prisão é ilegal e afirma que tomará as medidas judiciais cabíveis“.
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