UOL – Paulo Henrique Ganso demorou a estrear na Liga dos Campeões pelo Sevilla. O primeiro jogo do brasileiro na competição europeia veio apenas na última quarta-feira (2), pela quarta rodada da fase de grupos do torneio. Mas o ex-santista e são-paulino aproveitou muito bem a oportunidade e comemorou o desempenho.
“Estou muito contente. Tem que aproveitar. Não é fácil, mas com muito trabalho e apoio da minha família pouco a pouco vou crescendo e melhorando. Estou muito bem, a cidade é espetacular e minha família está feliz. A pressão é normal porque Samir [Nasri] joga muito e tem muita qualidade. Tenho que aproveitar a oportunidade”, analisou o brasileiro, também elogiado pelo técnico Jorge Sampaoli.
“[Ganso] fez uma partida à sua altura. Veio para isso. A confirmação desse plantel estava vinculada a muitas nuances. A alguns custa um pouco mais. Ampliou-se o conjunto de jogadores que podem garantir espaço. Tomara que essa competência interna nos dê a possibilidade de escolher, ainda mais com a lesão de Nasri”, avaliou o técnico.
Jogando no lugar do meia francês Samir Nasri, lesionado, o brasileiro também foi muito elogiado pela imprensa espanhola, que disse que o brasileiro mostrou um “futebol de pura fantasia”, “liderou o Sevilla em campo” e deu um “recital de passes” na vitória por 4 a 0 sobre o Dinamo Zagreb, da Croácia. Pena ter saído com dores musculares no meio do segundo tempo – “exigirá que, contra o Barça, Sampaoli procure um plano C para seu time”, avisou o Sport.
O Mundo Deportivo disse que Ganso foi “genial” e tem um “futebol que abre os caminhos do ataque”. “Antes de pedir substituição por dores musculares, fez um recital de passes”, publicou, lembrando de jogadas para Vitolo e N’Zonzi, que acabaram defendidas pelo goleiro rival.
Já o Sport escreveu que Ganso “exerceu sua liderança até que sua musculatura pediu basta. Ele foi de menos a mais, oferecendo um segundo tempo promissor, em que quase marcou um gol, depois de uma tabela com Franco Vázquez, e deu assistência para outro, com Vitolo, em jogada salva por Livakovic”.
O Estadio Deportivo, jornal de Sevilha, também ressaltou a visão de jogo do brasileiro: “Cada vez que ele tem a bola, de frente para o gol, encontra algum companheiro nas costas da defesa”.
O As, o mesmo que falou do futebol de pura fantasia, lembrou que, para usar Ganso, o técnico Jorge Sampaoli teve de fazer outra mudança no time: “Sem Nasri, Sampaoli foi prático e escalou Kranevitter para proteger Ganso, jogador unidimensional que não joga na defesa, mas, contra rivais como o Dinamo, usa sua perna esquerda como quer e abusa de sua especialidade, os passes milimétricos para abrir a defesa”.