Ninguém tinha dúvidas de que seria uma goleada. E os EUA não desapontaram: 13 a 0! Com lotação máxima no estádio de Reims, os Estados Unidos – tricampeão mundial feminino – estreou contra a frágil equipe tailandesa. A expectativa era de uma goleada histórica, até porque da única vez que os dois times se enfrentaram, as americanas ganharam por 9 a 0. Por que não superar esta marca?
Com 5 minutos, os Estados Unidos já tiveram um gol anulado. Numa bola alçada na área, Morgan completa para as redes, mas estava completamente impedida. Mas, aos 11 minutos, não teve jeito. Em outro cruzamento para a área, Morgan acertou a cabeçada, com a goleira Charoenying – de apenas 1m65 – completamente batida: 1 a 0.
Aos 19, Morgan serviu Lavelle e, de fora da área, a meia chutou fraco, a bola quicou e enganou a goleira tailandesa: 2 a 0. Aos 31, cobrança de falta ensaiada para as americanas, Heath cobra para a área e Horan enche o pé para marcar mais um: 3 a 0, fácil, fácil.
No 2º tempo, a Tailândia entregou os pontos de vez e as atuais campeãs mundiais brincaram de fazer gols. Aos 4 minutos, Mewis mandou a bomba de longe, a bola desviou na zagueira Saenkhun e morreu no fundo das redes: 4 a 0. Quatro minutos mais tarde, outro gol, após um toque de cabeça na grande área, Morgan aparece, de biquinho, para anotar o quinto dos Estados Unidos.
As tailandesas erravam tudo. Um minuto depois, saiu o sexto gol. Lavelle chutou, a zaga tentou cortar, mas a bola sobrou caprichosa para Mewis, sozinha, completar e sair para comemorar.
Não perca a conta! Aos 11 minutos, Lavalle completou cruzamento rasteiro na área e chegou ao sétimo gol. Incrível! Em apenas 7 minutos, os Estados Unidos marcaram quatro gols! Aos 28 minutos, continuou o massacre. Morgan ajeitou dentro da área, olhou e chutou com categoria no canto. Gol de quem entende de bola: 8 a 0!
Eram decorridos 33 minutos, quando a bola foi lançada na área para Rapinoe – a atacante americana de cabelos rosas. Ela chutou de primeira e venceu a goleira Charoenying pela nona vez. Aos 35 minutos, saiu o décimo gol. Foi fácil demais, Rapinoe tocou para Morgan ajeitar e colocar no canto. A goleira nem pulou. O que as tailandesas poderiam fazer diante de um ataque arrasador?
Parecia um jogo de profissionais contra amadoras. Pugh entrou na área, driblou como quis a goleira e deu um toquinho para as redes: 11 a 0.
O 12º gol foi exuberante! Morgan tirou a zagueira da Tailândia com um leve toque e nem esperou a bola cair para chutar forte, mais uma vez a goleira nem saltou. Era o quinto gol da artilheira na partida.
Aos 46 minutos, quando todos já esperavam o fim do jogo, a veterana Lloyd, 36 anos, recebeu em profundidade e, de cara com a goleira, deu um leve toque para marcar 13 a 0, sacramentando a maior goleada da história dos mundiais femininos.
Logo em seguida, a árbitra argentina apitava o final, para alívio das tailandesas.
A partida deveria ter servido para mostrar o poderio norte-americano neste Mundial feminino, porém, a fragilidade da Tailândia impede qualquer análise precipitada. O grande jogo deste Grupo F será mesmo o duelo entre Estados Unidos e Suécia, marcado apenas para a última rodada.
No próximo domingo, os Estados Unidos enfrentam o Chile, enquanto a Tailândia tentará se recuperar diante da Suécia.
Veja como foi a rodada:
Holanda x Nova Zelândia
Gol no último minuto dá vitória à Holanda.
O estádio Oceáne, em Le Havre, estava lotado de torcedores holandeses, que coloriram as arquibancadas com um laranja vibrante.
A Holanda era favorita no confronto contra uma Nova Zelândia que, até hoje, ainda busca sua primeira vitória em mundiais femininos. A tática neozelandesa para brecar o ímpeto adversário era congestionar o meio-campo, com cinco atletas, deixando a atacante Gregorius isolada mais à frente para tentar um contra-ataque.
Aos 10 minutos, a meia Chance acertou o travessão da goleira Van Veenendaal, numa ótima oportunidade da Nova Zelândia.
O esquema defensivo das jogadoras da Oceania funcionou durante os primeiros 45 minutos. A Holanda produziu pouco e o resultado natural foi o empate em 0 a 0. Isso porque a zagueira holandesa Bloodworth, no último instante, desperdiçou um gol feito. Sem goleira, dentro da pequena área, chutou para fora uma chance incrível.
No 2º tempo, quem começou melhor foi a Nova Zelândia, que com a atacante Gregorius chutou de voleio e a goleira Van Veenendaal se esticou toda, no cantinho, para evitar o gol.
Aos 14 minutos, Miedema conseguiu avançar e frente a frente com o gol, chutou desequilibrada. A bola passou rente a trave e a Holanda perdeu mais uma oportunidade de ouro para abrir o placar.
Aos 46 minutos, enfim, a Holanda conseguiu o gol da vitória. Num cruzamento para a área, Beerensteyn ajeitou de cabeça para a reserva Roord, também de cabeça, colocar nas redes da goleira Nayler. Foi no sufoco! Foi um castigo para a Nova Zelândia!
Na próxima rodada do Grupo E, no sábado, a Holanda enfrenta o Camarões, enquanto a Nova Zelândia tenta se recuperar diante do Canadá.
Suécia x Chile
Jogo ficou paralisado por 43 minutos por causa da chuva de granizo em Rennes
Um duelo desleal. De um lado, a Suécia – vice-campeã olímpica em 2016, no Rio de Janeiro. De outro, o Chile – estreando em mundiais femininos. Era essa a atmosfera da partida realizada em Rennes, pelo Grupo F.
A pressão inicial da Suécia foi incrível. A meta da goleira Endler sofria perigo a cada bola alçada na área. Aliás, a diferença de altura das jogadoras suecas para as chilenas parecia ser a grande arma das europeias.
Logo aos 2 minutos, a Suécia lança para a área. Na ânsia de salvar a meta, a zagueira Toro chuta para trás. A bola passa rente à trave. Quase um gol contra!
Aos 25 minutos, Sembrant cabeceia, Fischer desvia e a goleira Endler faz um milagre para evitar o primeiro gol sueco. Uma defesaça!
O 1º tempo terminou com o placar em 0 a 0, uma grande injustiça pelo poder de ataque das suecas. Mas uma grande recompensa para as boas defesas que a goleira Endler fez durante os 45 minutos iniciais.
Para o 2º tempo, insatisfeito com a atuação das atacantes, o técnico Gerhardsson trocou duas jogadores de frente, para tentar furar a retranca das chilenas.
No entanto, não teve tempo de as novas jogadoras suecas aquecer. Uma chuva forte começou a cair em Rennes. Aos 27 minutos, a chuva virou granizo e o jogo foi paralisado pela árbitra mexicana, ainda com o placar em 0 a 0. Foram 43 minutos de paralisação.
A Suécia voltou ainda melhor depois do “intervalo” forçado. Até que aos 40 minutos, saiu o primeiro gol. Novamente, em uma bola alçada para a área. Desta vez, a zaga chilena falhou e permitiu a Asllani marcar com um chute forte: 1 a 0.
Com o Chile desorganizado após o gol, a reserva Janogy dominou na intermediária, driblou três adversárias e chutou para marcar 2 a 0, sacramentando a vitória, aos 49 minutos do 2º tempo.