O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Biguaçu cancelou um manifesto público denominado “Enterro da Educação de Biguaçu”, que estava programado para acontecer esta sexta-feira, a partir das 10h, em frente à Prefeitura, protestando contra medidas tomadas pelo prefeito Ramon Wollinger (PSD) na administração da educação. Conforme comunicação publicada nesta sexta-feira de manhã, o motivo para o canelamento é o tempo de chuva.
Na avaliação do presidente do PSOL, professor Murilo Azevedo, a redução do ano letivo do dia 18 para o dia 4 de dezembro; a demissão antecipada de professores auxiliares e técnicos; corte na hora atividade dos professores; e demissão de professores de artes nas creches antes do fim do contrato, prejudica a qualidade na rede municipal de ensino.
“Tudo isso é refletido dentro de sala de aula. Tirar os auxiliares aumenta a carga de trabalho para o professor que tem alunos com necessidades especiais, por exemplo. Quanto à redução do ano letivo, foi feita uma ‘mágica’ para adequar o calendário aos 200 dias letivos exigidos por lei, colocando eventos aos sábados. Do ponto de vista jurídico ficou parecendo que está correto, mas diminuiu o conteúdo e isso influi de forma negativa no aprendizado do aluno”, disse Murilo, ao Biguá News.
O professor considera a administração de Wollinger deficitária, sobretudo na área de educação. Aduz que falta diálogo, informação e tato do prefeito. “No momento eu avalio como muito ruim essa gestão. Se é necessário diminuir gastos, tem que fazer isso sem atingir a qualidade do ensino”.
Azevedo pontua que o manifesto desta sexta-feira reforça cobranças recentes feitas pelo sindicato dos servidores municipais. “Somos solidários com eles, pois em Biguaçu houve uma afronta ao ensino público”, disse.
Atualizada às 9h58 de sexta-feira (4)