BBC – Jill Stein, candidata do Partido Verde à presidência dos Estados Unidos nas eleições do começo de novembro, está busca uma recontagem dos votos em três unidades federativas. Stein afirma que já conseguiu o dinheiro para financiar a recontagem no Wisconsin. A ex-candidata está fazendo uma campanha de financiamento coletivo e quer também uma recontagem de votos nos Estados de Michigan e Pensilvânia.
Donald Trump foi o vencedor na Pensilvânia e em Wisconsin por uma margem pequena de votos e vai vencendo em Michigan, apesar de o Estado ainda não ter declarado quem foi o vencedor mais de duas semanas depois da votação.
Em seu site, Stein disse acreditar que as recontagens são necessárias “para deixar claro que o sistema eleitoral dos Estados Unidos não é confiável”.
“Depois de uma corrida presidencial divisiva e dolorosa, informações sobre invasões em bancos de dados de eleitores e partidos, bem como em contas individuais de email, levaram muitos americanos a se perguntarem se os resultados de nossa eleição são confiáveis. Estas questões precisam ser investigadas antes de a eleição presidencial de 2016 ser homologada”, escreveu.
“Nós merecemos uma eleição na qual podemos confiar.”
Até a manhã desta sexta-feira, a campanha de financiamento da ex-candidata já tinha arrecadado mais de US$ 4,6 milhões (mais de R$ 15 milhões). A meta é chegar asUS$ 7 milhões.
Mais pedidos
Jill Stein não é a única a querer a recontagem dos votos.
No dia 22 de novembro, a revista New York informou que um grupo de especialistas, liderados pelo advogado especializado em lei eleitoral John Bonifaz e pelo diretor do Centro de Segurança e Sociedade da Universidade de Michigan, J Alex Halderman, tinham entrado em contato com a equipe da campanha da candidata democrata Hillary Clinton.
Os especialistas insistiram que a equipe da democrata entrasse com o pedido de recontagem em Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.
Em um artigo no site Medium, Halderman reiteirou suas preocupações com a vulnerabilidade das máquinas de votação eletrônica. O especialista escreveu que o fato de os resultados nos três Estados terem sido diferentes do que o previsto nas pesquisas de opinião “provavelmente não foi” causado por hackers.