A Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) vistoriou, na quarta-feira (10), o local para a implantação do projeto de fixação da barra do Rio Biguaçu, no qual está prevista a dragagem e construção de molhes de proteção nas margens.
A Fundação Municipal de Meio Ambiente de Biguaçu (FAMABI), bem como a empresa de consultoria responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), Consórcio MPB Engenharia e Spectrah Oceanografia, acompanharam a vistoria, estando presentes a superintendente da FAMABI, Andréa Felipe, e técnicos da fundação, assim como os profissionais envolvidos no EIA.
O EIA encontra-se para análise da FATMA desde abril de 2014. A vistoria técnica é etapa obrigatória no processo de licenciamento ambiental em Santa Catarina.
O prefeito Ramon Wollinger destaca que o município está seguindo à risca as determinações ambientais para poder lutar pelo projeto em Brasília, junto ao Ministério da Integração Nacional. “A concretização desse projeto irá reduzir os alagamentos causados pelas enchentes e a maré alta no município, complementando assim as obras da macrodrenagem urbana, proporcionando maior vazão das águas, além de permitir e melhorar a navegabilidade de embarcações ligadas a atividades de pesca e lazer”.
Saiba mais sobre o projeto
O projeto de fixação da barra do Rio Biguaçu tem como objetivo equacionar o problema de enchentes e inundações que periodicamente afetam a bacia e, em segundo plano, contribuir para a melhoria das condições de navegabilidade do rio.
A dragagem de desassoreamento no Rio Biguaçu permitirá a ampliação da profundidade da foz para dois metros, possibilitando o fluxo de águas e estabilizando a profundidade da foz em relação aos sedimentos transportados pelo rio e para a entrada de embarcações de passeio, lazer, de pesca e transportes.
Já a construção de molhes constitui-se em obra marítima de engenharia hidráulica com estruturas costeiras, as quais são apoiadas no leito submarino pelo próprio peso das pedras, blocos de concretos especiais ou de outras alternativas construtivas e que emergem na superfície aquática. A função é reduzir a ação da energia das ondas. No caso das obras na foz do Rio Biguaçu, protegerá o canal de navegação contra a entrada de sedimentos trazidos pelas correntes de onda próximas à área, permitindo o fluxo de sedimentos carregados pelo rio para a baía, reduzindo dessa forma os efeitos provocados pelas chuvas intensas, com inundações e enchentes devido à pouca profundidade da foz do rio.