Fim das coligações
O fim das coligações aprovado no Congresso Nacional vai exigir uma melhor qualificação dos candidatos a vereadores e deputados nas próximas eleições. A regra já valerá a partir de 2018. Tomando como base a eleição de 2016 em Biguaçu, se a nova Lei estivesse em vigor no ano passado, a composição da Câmara Municipal seria diferente da atual. Sem coligação, apenas PMDB, PP, PSD e DEM teriam eleito vereadores. Isso por que os outros partidos não teriam conseguido fazer votos suficientes para obter o quociente eleitoral (legenda), que foi de 2.527 votos. O PR – que concorreu com o PSD e o PSB – somou sozinho 2.523 e faltariam quatro votos para fazer uma legenda. O PPS fez 2.140 votos. Hoje com dois vereadores, não teria nenhum.
Como ficaria
Na nova regra sem coligação, o PMDB teria feito três legendas, o PP duas, o PSD duas e o DEM, uma. As outras sete vagas no legislativo seriam distribuídas pelas “sobras” de votos além das legendas desses partidos. Dessa feita, pela fórmula de divisão de sobras do Tribunal Superior Eleitoral, as bancadas ficariam assim compostas: PP, cinco vereadores (Bilico, Douglas, Pissudo, João Luiz e Lédio); PMDB, cinco vereadores (Maneca, Magali, Nino, Salmir e Sandro Andrade); PSD, três vereadores (Ângelo, Adriano e Elson); e DEM, dois vereadores (Marconi e Patê).
2020
Com a nova legislação, nas próximas eleições municipais o PP e o PMDB de Biguaçu poderão ser beneficiados – aumentando suas bancadas no Poder Legislativo – caso os outros partidos não reforcem suas nominatas. Outro movimento que poderá surgir é o “abandono” dos partidos menores por parte de alguns pretensos candidatos em 2020, para ingressarem nas siglas mais fortes – já que haverá riscos de seus atuais partidos não conseguirem fazer uma legenda.