A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirmou, na noite desta terça-feira (21), que 56 casos de Covid-19 suspeitos da variante Ômicron estão sendo investigados e monitorados nos municípios de Balneário Camboriú (1), Biguaçu (2), Camboriú (1), Florianópolis (46), Palhoça (2), Canoinhas (1), Santo Amaro da Imperatriz (1), São Francisco do Sul (1) e São José (1). As amostras foram selecionadas no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC) a partir do uso de RT-qPCR de inferência de linhagens.
Também ontem, a Dive/SC confirmou a identificação do primeiro caso importado da variante Ômicron do coronavírus. O caso é de um homem de 66 anos, morador de Jaraguá do Sul, que retornou de uma viagem da África do Sul no início de dezembro.
O paciente apresentou os primeiros sintomas no dia 9 de dezembro, permanecendo em isolamento durante o período de 14 dias, sob acompanhamento da vigilância epidemiológica municipal. Ele estava com o esquema vacinal completo, e teve um quadro gripal leve, sem necessidade de hospitalização, mantendo acompanhamento com médico pneumologista.
O exame RT-qPCR foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC) que encaminhou a amostra para realização de sequenciamento genômico no Laboratório de Referência Nacional para Santa Catarina, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) do Rio de Janeiro, conforme fluxo da vigilância genômica nacional.
Ômicron
A variante Ômicron foi detectada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro de 2021 a partir de amostras retiradas de um laboratório cerca de dez dias antes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) , já se sabe que a Ômicron é uma variante altamente transmissível e com grande número de mutações. Sinais e sintomas mais comuns: cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta.
Já se sabe que o vírus é transmitido por aerossóis, ou seja, por gotículas respiratórias expelidas quando uma pessoa fala, canta, tosse ou espirra, sem estar protegida pela máscara. O diretor da DIVE/SC, João Augusto Brancher Fuck, ressalta que a população precisa de uma barreira de proteção, com o uso de máscaras. “Medidas simples como uso de máscaras em ambientes fechados e em abertos em que não for possível manter o distanciamento, evitar aglomerações e dar preferência a ambientes ventilados são eficazes para reduzir o risco de transmissão. A etiqueta da tosse também é fundamental, ou seja, cobrir o nariz e a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar, e higienizar as mãos com álcool-gel”, alerta.