O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) pediu, na tarde desta segunda-feira (28), a sensibilidade do movimento dos caminhoneiros, que há oito dias promove paralisações em todo o país. “Eles precisam entender que o que está acontecendo agora trará impactos para as próximas semanas e até os próximos meses. As cargas que estão sendo deterioradas agora demorarão tempo para se recuperar. É um prejuízo muito expressivo para Santa Catarina onde 30% da riqueza vêm do agronegócio”.
“É claro que o movimento tem as suas razões, as suas justificativas e a sua legitimidade em função de uma política equivocada de preços da Petrobrás, com conseqüências graves para o setor de transportes de cargas e para a própria população”, avaliou, durante reunião no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd).
Eduardo Pinho Moreira frisou que o Brasil é um país que vive sobre rodas com mais de 70% da produção distribuída pelo país através de caminhões. Por fim, o governador concorda que “o equívoco de aumentos diários não poderia continuar”, mas que é preciso pensar no peso das consequências. “Os caminhoneiros já obtiveram importantes vitórias e garantias, agora é hora de refletir e entender que a população brasileira precisa de bom senso”, concluiu.
A greve deixou a pauta econômica de lado (recusando a oferta do desconto do diesel anunciado pelo presidente Michel Temer) e passou a segurar uma bandeira política, querendo derrubar o governo federal e pedindo intervenção militar.
O manifesto – que já está no 9º dia – está causando prejuízos milionários à economia do Estado. A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) informou, na tarde desta segunda-feira (28), que nos dois últimos dias úteis da semana passada (24 e 25) houve queda de 33,2% na arrecadação do ICMS.
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Liminar
Na noite de ontem (28), o juiz Yannick Caubet, que estava de plantão na Comarca de Biguaçu, concedeu liminar mandando desbloquear todos os acessos ao terminal da Transpetro no município, e autorizou o uso de força policial para efetuar a retirada dos manifestantes que não deixarem o local dentro de um prazo de até 24 horas. A tutela antecipada foi solicitada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis).
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