O Brasil passa por uma fase de desabastecimento de remédios em diversas regiões. A falta de medicamentos tem afetado não só farmácias, mas hospitais e unidades públicas de saúde na maioria das cidades do País. O desabastecimento se dá pela ausência de matéria-prima para compor as substâncias e, também, a escassez de insumos para embalagem. Na Grande Florianópolis, o problema do desabastecimento é sentido nas principais cidades, como Florianópolis, Biguaçu, Palhoça e São José.
O secretário de Administração de Biguaçu, Vinícius do Amaral, informou ao Biguá News que vários fatores estão causando o desabastecimento nos postos de saúde. “Os nossos fornecedores relatam dificuldades da indústria farmacêutica para entregar os remédios, como falta de matéria-prima devido aos lockdowns na China, que fechou as fábricas e os portos, o encarecimento dos insumos, e problemas na cadeia logística de distribuição, por exemplo. São inúmeros motivos que estão fazendo faltar medicamento nos postos de saúde e isso não é um problema somente aqui da região, está afetando o Brasil todo“, comentou o secretário.
Em Florianópolis, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou uma lista com 25 medicamentos em falta nas UBS, incluindo dipirona, diclofenaco, omeprazol, paracetamol, entre outros. A maioria é de medicamentos considerados simples, mas de suma importância para o funcionamento do serviço público.
O Brasil é muito dependente de matérias-primas de países como Índia e China, que são os maiores produtores do mundo. A desorganização do sistema de produção da indústria farmacêutica se soma com a atual recessão por conta da Covid-19 e, quando não falta matéria-prima, faltam frascos, vidros, blister e até conta-gotas.
Vale lembrar que os produtos farmacêuticos subiram 6,13% no mês de abril, segundo dados do IBGE.
A Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) aponta que o Brasil ainda sente os efeitos da pandemia na logística. O presidente da entidade, Norberto Prestes, destaca que o lockdown na China voltou a gerar instabilidade. “A logística está bem complicada na China para trazer qualquer insumo em geral ou medicamento”, apontou, em entrevista esta semana à CNN Brasil.
Com informações da CNN e NSC