A greve nacional dos bancários, que nesta terça-feira (20) completa duas semanas, não tem previsão de término, segundo informou o Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região (Seeb), em nota divulgada hoje de madrugada. Em Biguaçu, bancos também estão fechados, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica e o Bradesco. Na regional da Seeb, são cerca de 120 agências sem atendimento. Em todo o país, chega a 13 mil unidades.
Conforme a nota do Seeb, a última rodada de negociações entre os bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ocorreu no dia 15 de setembro. A entidade patronal ofertou o índice de 7% de reajuste. Os trabalhadores querem o índice da inflação e mais 5% de ganho real.
“Ao não marcar nova rodada de negociações, nem tão pouco sinalizar a apresentação de nova proposta, a Fenaban tenta desmobilizar os bancários, pressionando e constrangendo os trabalhadores para retorno ao trabalho e ordenando que fossem retirados os cartazes e faixas indicativas de greve”, argumenta o Seeb.
A greve nacional dos bancários 2016 já é a maior da história. Até esta segunda-feira (19), 13.071 agências tiveram as atividades paralisadas, um recorde para a categoria. O número representa 56% do total de agências do Brasil.
Os bancários protestam também contra o fechamento de postos de trabalho. No primeiro semestre deste ano, foram demitidos sete mil trabalhadores do setor em todo o Brasil, segundo dados do sindicato. Em todo o país, cerca de 500 mil funcionários atuam no setor, que obteve lucro líquido de R$ 30 bilhões em seis meses, conforme estimativa do sindicato, que leva em conta o faturamento dos cinco maiores bancos do país.