A greve dos caminhoneiros entrou no 8º dia nesta segunda-feira (28) com protesto em pelo menos 20 estados e com os manifestantes analisando os pontos anunciados pelo presidente Michel Temer (MDB) na noite de ontem. Ele decidiu congelar por 60 dias a redução de R$ 0,46 por litro no preço do óleo diesel; a suspensão da cobrança de pedágio para eixos levantados; implementação de uma tabela de preços mínimos para o frete; reservar 30% dos fretes da Conab para autônomos e cooperativas; entre outros itens da pauta paredista.
Em Santa Catarina, permanecem os bloqueios nas saída das distribuidoras de combustíveis instaladas no Estado. Nas rodovias catarinenses, eram 136 pontos de protestos registrados no domingo. Nesta manhã, as policias Rodoviária Federal e Militar Rodoviária não repassaram balanço de pontos de paralisação. O manifesto causa reflexos no transporte público, no abastecimento, nos serviços públicos (como cancelamento de aulas e redução de atendimento na saúde), e na produção agroindustrial.
Ontem à noite, após reunião com Temer, na Casa Civil, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abam) decidiu assinar um acordo com o governo para pôr fim às paralisações dos caminhoneiros autônomos. “A categoria conseguiu ser atendida em diversas reivindicações, dentre delas o subsídio do valor referente ao que seria a retirada do PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel”, diz nota publicada pela entidade.
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A Abcam considera o acordo assinado como uma vitória, já que o acordo anterior previa uma redução de apenas 10% no preço do diesel por apenas 30 dias. “Entretanto, a associação acredita que até dezembro deste ano o governo encontre soluções para que essa redução seja permanente”, diz a Abcam.
O presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, pediu aos caminhoneiros que iniciem a desmobilização nas estradas. “Amigos caminhoneiros, voltem satisfeitos e orgulhosos para o trabalho. Conseguimos parar este país e sermos reconhecidos pela sociedade brasileira e pelo governo. (…) Teremos o reconhecimento da nossa profissão, de que nosso trabalho é primordial para o desenvolvimento deste país. Voltem com a sensação de missão cumprida, mas lembrando que a luta não termina aqui”, diz a mensagem.