Assessoria
Os Guardiões Ambientais de Biguaçu finalizaram na última semana mais uma etapa de formação, desta vez concluindo as aulas relacionadas aos ecossistemas marinhos. As lições que foram ministradas pela oceanógrafa Marilu Gonzaga abordaram assuntos como animais marinhos e seus habitats, formações marinhas, como atóis e deltas, visita ao estuário e mangue do Rio Biguaçu e os principais problemas ambientais que afetam os ecossistemas costeiros.
Guardião Ambiental de Biguaçu é uma iniciativa da Prefeitura, através da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Famabi) e Secretaria de Educação. Uma turma composta de 40 estudantes da rede municipal com idade entre 11 e 14 anos participam do curso com duração de seis meses, com aulas teóricas e práticas no contraturno escolar. A formatura dos Guardiões está marcada para 13/12.
Dentro das aulas sobre a vida marinha, os alunos também realizaram uma visita técnica ao projeto Bloco Verde. Os guardiões foram recebidos pela engenheira Bernadete Batalha Batista e os alunos puderam conhecer de perto a importância da preservação ambiental que o projeto promove. Além da visita ao laboratório, os estudantes assistiram à palestra ministrada pela engenheira responsável do projeto, sobre temas que destacaram os ambientes marinhos, seu papel para a sociedade e a importância da preservação desses ecossistemas para a vida no planeta.
Aproveitando a ocasião, foram homenageados cinco alunos que foram os vencedores da atividade de Redação Oceanográfica, que foi aplicada nas aulas feitas anteriormente.
Saiba mais sobre o projeto Bloco Verde
Com sede em Biguaçu, o objetivo central do projeto era primeiramente o reaproveitamento de resíduos da construção civil e de conchas de ostras e mariscos para construções de blocos ecológicos a serem empregados em diversas atividades do ramo da construção, porém, com os promissores resultados verificados nos primeiros ensaios, a empresa ampliou as pesquisas para outras áreas que apresentam grande volume de resíduos sólidos, como polimento de porcelanatos, rejeitos de corte e polimento de mármores e granitos, fibras de PET reciclado, até mesmo roupas de neoprene e pedaços de pranchas de surf, que seriam descartadas.
Os blocos ecológicos produzidos são economicamente viáveis, assim, agrega vantagens sociais e ambientais e pode propiciar a redução dos problemas ambientais causados pelos entulhos da construção civil e resíduos de cascas de ostras e mariscos, além de gerar novas oportunidades de trabalho à comunidade.
Segundo dados do projeto, em 2011, Santa Catarina produziu aproximadamente 12 mil toneladas de ostras e mariscos, a maior parte desse volume é consumido no próprio estado, o que implica em montes de conchas nos aterros sanitários. O de Biguaçu, por exemplo, atingirá a capacidade máxima em sete anos. A boa notícia é que com cada tonelada de conchas são fabricados quatro mil blocos para construção civil, suficientes para construir uma casa de 120 m².