O Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev) recebeu R$ 2,548 milhões da Prefeitura de Biguaçu nos três primeiros meses de 2018, segundo dados do Portal da Transparência consultados por Biguá News na tarde de sábado, dia 31 de março. A média é de R$ 849,3 mil mensais. O Isev administra cerca de 160 funcionários que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no Caps, e nos programas Melhor em Casa e Nasf.
O pagamento ocorreu mesmo após o vice-prefeito Vilson Norberto Alves (PP) ter anunciado, na data de 11 de janeiro – enquanto ele estava no exercício do cargo de prefeito – que o município rompera com o instituto devido a atrasos de salário dos trabalhadores. Ele garantiu, naquele dia, que, “(…) a partir de agora, com o contrato rescindido, o município passará a efetuar os depósitos dos salários na conta dos funcionários do instituto. Nós vamos lançar um edital para contratar nova empresa para fazer a gestão dos programas de saúde e dos postos (…)”, falou, à Rádio Biguaçu FM.
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Diante da constatação dos pagamentos regulares ao Isev mesmo após o anúncio de Vilson, Biguá News entrou em contato com o prefeito Ramon Wollinger (PSD) para saber a real situação, se a prefeitura já havia rescindido com o prestador de serviços – como falou o seu vice – ou ainda não. “Vai acontecer em breve”, resumiu o gestor.
O motivo da anulação unilateral do acordo seria o constante atraso no pagamento de salários dos servidores. No mês de dezembro, o Isev não pagou em dia os vencimentos de dezembro e a 1ª parcela do 13º, efetuando os depósitos somente após notificação do Poder Executivo. Em janeiro, novamente houve falta de pontualidade no cumprimento da obrigação, gerando reclamação de quem bate cartão diariamente.
Veja os pagamentos realizados em janeiro, fevereiro e março (Clique na imagem para ampliá-la)
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