Nesta terça-feira (11), a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DLAV/DEIC), deflagrou a operação “Zoológico 2”, com a finalidade de coibir o crime de lavagem de dinheiro e de buscar a despatrimonialização de grupo dedicado ao delito antecedente de exploração de jogo do bicho.
Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão em quatro municípios da Grande Florianópolis e sequestro de 17 empresas, 32 imóveis e 38 veículos, além de ativos financeiros.
Os mandados foram cumpridos nos municípios de Governador Celso Ramos, Palhoça, São José e na Capital. Além de diversos objetos e documentos apreendidos, durante o cumprimento, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Apesar de a maioria dos investigados já terem sido indiciados e denunciados na investigação da “Operação Zoológica”, realizada pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro da DEIC, eles não pararam de delinquir e, inclusive, reestruturaram-se para a manutenção da exploração do jogo de azar e, por conseguinte, para a dissimulação e ocultação dos valores e dos bens decorrentes da prática delituosa.
Os investigados mantêm sofisticado estratagema de lavagem de dinheiro, com a utilização de pessoas jurídicas para a tipologia denominada mescla, duas centrais de mototaxis e motoboys, além de restaurante, importação de vinhos e etc. Para isso, eles fazem uso de interpostas pessoas, dissimulam distribuição de lucros das empresas e chegaram a simular um divórcio para a blindagem patrimonial.
As medidas têm por objetivo buscar elementos de prova, além de inibir financeiramente a atividade criminosa, com a apreensão e indisponibilidade de ativos que foram identificados a partir da análise de documentos e demais materiais apreendidos, bens auferidos com valores da exploração de atividade delituosa.