Foram abertos na manhã desta sexta-feira, 2, os envelopes com as propostas de habilitação e preço das empresas concorrentes à licitação internacional para ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Insular-Itacorubi, que compreende toda a Bacia do Itacorubi, em Florianópolis. Catorze empresas estão concorrendo ao processo licitatório da Casan, agrupadas em seis consórcios. Apenas uma construtora concorre individualmente.
A obra, que será a maior realizada em esgotamento sanitário no Estado, vai beneficiar 12 bairros da capital do Estado, todos na área central e, portanto, mais populosos. A partir de agora os engenheiros da Casan e do agente financiador, a Jica, vão avaliar as habilitações técnicas para, depois, agendar a data de abertura dos preços e selecionar o(s) vencedor (es). Esse processo deve levar aproximadamente 60 dias.
Com financiamento da Agência Internacional de Cooperação do Japão (Jica), a obra prevê a ampliação e modernização dos processos da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Insular, que passará a depurar também o esgoto coletado nos bairros Itacorubi, Parque São Jorge, Jardim Anchieta, Córrego Grande e Pantanal. Nestes cinco bairros a rede coletora já foi assentada sob as vias, mas a conexão dos imóveis ainda não pode ser realizada enquanto a ETE não for ampliada.
Também serão assentados 12 mil metros de rede nos bairros José Mendes e Morro da Lagoa, onde serão executadas 1 mil ligações domiciliares. A obra inclui ainda o assentamento de 9.512 metros de emissário terrestre (tubulação de grande porte que leva o esgoto até a estação de tratamento) e a construção de seis estações elevatórias (locais onde ocorre o bombeamento para transporte do esgoto coletado).
Centro, Trindade, Agronômica, Saco dos Limões e Costeira serão beneficiados com a ampliação da ETE (já prevendo o crescimento vegetativo desta região) e com a modernização da ETE Insular, que passará a deputar o esgoto em sistema terciário, o mais completo.
Ao todo, serão mais 3.753 ligações domiciliares acrescentadas ao chamado Sistema Insular, que, junto aos outros investimentos que a Casan está fazendo na Capital no total de R$ 400 milhões, farão aumentar a cobertura com esgotamento sanitário na Ilha de Santa Catarina para 74% até o final de 2018.
Ao final do conjunto de obras, em meados de 2019, Florianópolis será uma das principais cidades do país em coleta e tratamento de esgoto, fator que eleva a saúde da população, a qualidade de vida da cidade e influi positivamente na balneabilidade das praias, desde que os imóveis estejam corretamente ligados à rede coletora.
NOVO PROJETO DA ETE
Construída na década de 1990, a Estação Insular, localizada ao lado do Terminal Rodoviário Rita Maria, na entrada da Ilha, será totalmente modernizada, adotando o método MBBR (Moving Bed Biofilm Reator).
O novo processo é considerado superior e de operação mais simples em relação ao modelo atual de lodos ativados. O MBBR exige uma menor área para a mesma capacidade de tratamento, evita a recirculação e o descarte manual do lado, bem como elimina a preocupação com a formação de lodos de difícil sedimentação.
“A principal vantagem do sistema que vamos adotar, porém, é a robustez para suportar variações nas vazões de pico, que costumam ocorrer em períodos de chuva”, explica o engenheiro Evandro Martins, responsável pelo projeto. Apesar de ser projetada para tratar esgoto, as ligações irregulares ou clandestinas ainda jogam para a estação a água das chuvas, sobrecarregando o processo de tratamento.
Saiba Mais:
Particpantes da concorrência internacional para ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Insular-Itacorubi.
:: Consórcio Itajuí (PR)/ Crisciuma (SP)
:: Consórcio LFM (PR) / CESBE (PR)
:: Consórcio Saneando Bacias: Jofege (SP) / Enotec (SP)
:: Consórcio Trix (PR) / Infracon MG
:: Consórcio Insular SC: Cosatel (SC) / Seta (SC) e Comim (MG)
:: Consórcio Construtor Insular: Passarelli (SP) / Gel (PR)
:: Construtora Elevação (PR)