Moradores de Biguaçu e Antônio Carlos bloquearam a SC-407, nesta sexta-feira (23), entre as 7h e as 9h, em frente à gruta Nossa Senhora de Guadalupe, em protesto contra a omissão do governo do Estado em relação à buraqueira que tomou conta da rodovia estadual. Houve fila de automóveis e caminhões em ambos os sentidos da via, com cerca de três quilômetros cada lado.
Aproximadamente 100 pessoas participaram efetivamente do bloqueio. Agricultores levaram tratores para ajudar a trancar a pista. A Polícia Militar Rodoviária (PMR) compareceu ao local para acompanhar o ato pacífico. Não houve nenhum tipo de confronto ou incidente. Após a liberação da via, o tráfego foi se normalizando aos poucos.
A presidente da comissão, Ivonete Weber, disse, ao Biguá News, que a avaliação da manifestação é positiva, pois serve para mostrar aos governantes a insatisfação da população com as péssimas condições da SC. “Foi muito produtivo, mais foi apenas um ponta-pé inicial. Sabemos que irá demorar para que as obras sejam feitas. Então já estamos elaborando um edital de convocação para uma nova reunião na terça-feira, às 19h30, no restaurante Estância, para ouvir mais uma vez a comunidade e poder nos avaliar.”
O protesto realizado hoje é para cobrar a liberação dos recursos para as obras de revitalização do trecho entre Biguaçu e Antônio Carlos. Em 2016, o governo licitou a completa revitalização, a custo de R$ 6,9 milhões. Em novembro do ano passado, o governador Raimundo Colombo (PSD) assinou a ordem de serviço, mas até agora o Estado não liberou o dinheiro para a empreiteira colocar as máquinas para trabalhar.
A comissão organizadora do manifesto vai se reunir na próxima terça-feira (27), para avaliar se faz nova interrupção do tráfego na sexta-feira, dia 30 de junho. O objetivo dos moradores é ir trancando a estrada uma vez por semana, até que o governo efetivamente coloque a empreiteira para reformar o trecho de 15 quilômetros.
Tapa-buracos
O Deinfra encaminhou, na manhã de ontem (22), uma empreiteira para fazer “remendos” em trechos mais críticos da 407. Dois caminhões caçamba carregados com material betuminoso e um grupo de operários trabalharam no local, recortando o pavimento onde há grandes buracos e tapando novamente com asfalto.
Contudo, não é isso que os usuários da via querem. A cobrança é pela completa reforma, com retirada do asfalto velho e nova compactação da base e sub-base, para posterior colocação de nova camada de pavimento, construção de acostamento nos dois lados e nova sinalização viária.