As obras do centro cirúrgico do Centro de Pesquisa Oncológicas (Cepon) de Florianópolis pararam novamente. Um impasse entre o governo do estado e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dificulta o andamento dos trabalhos, como mostrou a RBS TV.
No ano passado, um imbróglio burocrático já havia interrompido a reforma que pode dobrar o número de cirurgias de pacientes com câncer. Em 2001 o governo do estado havia doado a área para a Fahece, mas precisou reaver a posse do terreno para que fosse possível a liberação dos recursos.
As obras foram retormadas em setembro, mas pararam novamente por falta de verba. “Refizemos a documentação agora para mandar para o banco e aguardamos a manifestação do BNDES com relação à liberação da obra”, disse o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing.
Por enquanto, segundo o secretário, não há data para o término dos trabalhos. “O prazo [para que o dinheiro entre] é o prazo do BNDES. Não tem como eu dar prazo em nome dos outros”. O secretário não soube dizer há quanto tempo a documentação enviada pela Secretaria está com o banco.
Porém, a RBS TV também entrou em contato com o BNDES. E nota, o banco respondeu que “solicitou a atualização de algumas informações e documentos ao Estado” e que “até o momento, estas não foram enviadas ao BNDES”.
Com essa informação, a RBS TV procurou a Secretaria novamente, que disse em nota que “a equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde vai verificar a situação”.
Também procurado pela reportagem, o Ministério Público afirmou não foi informado do atraso nas obras. O MP entrou contato com a Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece), que disse que as obras vão voltar em março. O Ministério Público vai aguardar este prazo antes de tomar qualquer medida, informou a RBS TV.
Atualmente, são feitas no Cepon 150 cirurgias por mês em pacientes com câncer, que vêm de todas as partes de Santa Catarina. Esse número poderia ser o dobro se o novo centro cirúrgico já estivesse pronto.