]A delação da Odebrecht na Lava Jato caiu como uma “bomba” no primeiro escalão do governo Michel Temer (PMDB). Já de cara, os dirigentes da empreiteira confessaram dois nomes como sendo os operadores de R$ 23 milhões repassados via caixa dois, à campanha presidencial de José Serra, hoje chanceler, na eleição de 2010.
De acordo com a publicação da Folha de S. Paulo, a empresa afirmou ainda que parte do dinheiro foi transferida por meio de uma conta na Suíça. O acerto do repasse para Serra teria sido feito com o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (ex-PSDB e hoje no PSD), que fazia parte da coordenação da campanha do tucano.
O caixa dois operado no Brasil, de acordo com os relatos, foi negociado com o também ex-deputado federal Márcio Fortes (PSDB-RJ), próximo de Serra. Os repasses foram mencionados por dois executivos da Odebrecht nas negociações de acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, e a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.
Procurada, a assessoria de Serra disse que não iria se pronunciar sobre ‘supostas acusações, de supostas delações relativas ao recebimento de doações feito em a sua campanha’.