A Operação Freio de Mão, da Polícia Civil, prendeu 31 pessoas nesta terça-feira (25) em Santa Catarina, por envolvimento em uma organização criminosa de furtos e roubos de veículos. O bando agia no Norte e litoral catarinense, principalmente associado com o desmanche de peças, e também enviava carros clonados para os Estados do Mato Grosso e Paraná.
“Mobilizamos 150 policiais de várias unidades da Polícia Civil e demonstramos mais uma vez que a segurança pública em SC é prioridade”, destacou o delegado geral da Polícia Civil em SC, Paulo Koerich, em entrevista coletiva em Joinville.
Os trabalhos começaram em fevereiro com a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, responsável pela Operação. De acordo com o delegado da DIC, Murilo Batalha, a Polícia Civil identificou a atuação da organização criminosa, sendo que o líder da quadrilha – um homem condenado a mais de 30 anos de prisão – , agia de dentro do presídio a partir de desmanches. “Identificamos nesse período mais de 60 casos de veículos furtados ou roubados. Eles chegaram a levar quatro carros por dia em Joinville”, afirma o delegado, ressaltando que Caminhonetes eram o alvo preferido dos ladrões.
Proprietários de desmanches também foram identificados e presos. Na operação a Polícia Civil recuperou 39 veículos (25 ao longo da investigação e 14 hoje), os quais serão periciados e depois devolvidos aos donos. Há modelos importados de luxo entre os carros recolhidos. Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de prisão e quatro pessoas foram presas em flagrante, além de mais de 50 mandados de busca e apreensão, em Joinville, Blumenau, Araquari e Pomerode. Uma pessoa segue foragida. Participaram policiais civis de Joinville e região com apoio do Gaeco local. Também foram apreendidas drogas, arma e R$ 50 mil.
“Esperamos redução nos crimes”
A delegada regional de Joinville, Tânia Harada, acredita que o trabalho da Operação Freio de Mão gere redução no índice de furtos e roubos de veículos no município. Ela ressaltou ainda a importância do trabalho especializado contra esse tipo de atividade criminosa.
O diretor do Litoral, delegado Luiz Ângelo Moreira, também esteve em Joinville e participou da entrevista coletiva.