Coluna Entrelinhas – O vice-prefeito reeleito Alexandre Martins de Souza (Podemos) é, naturalmente, o próximo candidato a prefeito do grupo que saiu vitorioso das urnas nas eleições do último domingo (6). E ele tem a garantia do prefeito Salmir da Silva (MDB) que o grupo o apoiará. Mas, como tudo na vida tem um “mas”, o trajeto a ser percorrido por Souza o obrigará a fazer algumas escolhas.
Uma delas é migrar para o MDB. E isso não é uma exigência do Salmir, mas sim um movimento político lógico. O MDB é o maior e mais tradicional partido de Biguaçu. Em 31 de dezembro de 2028, terá governado o município por oito anos (com a ajuda do Podemos, um fiel escudeiro). E claro que o partido pretende continuar administrando a cidade por mais tempo e tem outros “prefeitáveis” filiados. Portanto, se Alexandre quiser ser candidato a prefeito em 2028 pelo atual grupo político, terá que migrar do Podemos para o MDB. Assim, o Podemos indicaria o vice de Alexandre nas eleições de 2028.
Se Alexandre insistir em ser candidato a prefeito pelo Podemos, e não pelo MDB, poderá ter problemas pela frente, pois dentro do MDB também tem gente interessada na candidatura. Mas, estando dentro do MDB e com o apoio de Salmir, o projeto se encaixa facilmente.
MIGRAR EM 2026
Alexandre poderá migrar para o MDB já em 2026, caso Salmir leve à frente o seu projeto de concorrer a deputado estadual daqui a dois anos. Para disputar vaga na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Salmir precisará renunciar ao cargo de prefeito e, com isso, Alexandre assume a Prefeitura de Biguaçu e terá um pouco mais de dois anos para mostrar seu trabalho frente ao Poder Executivo. Contudo, o MDB solicitará a filiação.
O MDB também tem “prefeitáveis” em 2028, como os campeões de voto na eleição para a Câmara: Luan, que somou 1.853 votos, e Manequinha, 1.698. No entanto, com Alexandre governando a cidade e filiado ao MDB, a preferência logicamente é de quem está no cargo (desde que a aprovação popular seja condizente).
Assim, se algum dos vereadores do MDB quiser ser o candidato a vice-prefeito em 2028 e aceitar “entrar na fila”, poderia, por exemplo, migrar para o Podemos, para continuar a dobradinha vitoriosa nas duas últimas eleições: MDB e Podemos. Ou, tentar a sorte na oposição, que saiu estraçalhada das urnas no último domingo.
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