O Centro de Informações Meteorológicas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram) informou que a previsão para os meses de abril, maio e junho, é de chuva acima da média para Santa Catarina. As precipitações devem continuar ocorrendo de forma bem distribuída no espaço e no tempo. No entanto, são comuns durante o outono períodos de tempo mais seco entre os eventos de chuva.
O destaque no trimestre, segundo a Epagri/Ciram, serão eventos de chuva intensa, em curto espaço de tempo, que podem ocorrer em qualquer época do ano. Por isso, ressalta-se a importância do acompanhamento diário da previsão do tempo.
Climatologia (o que se espera para época do ano):
No trimestre, as chuvas diminuem em relação aos meses de verão, ficando com valores de 120 a 200 mm mensais no Oeste e Meio Oeste, e de 80 e 140 mm do Planalto ao Litoral. As chuvas são preferencialmente causadas pela influência de frentes frias, sistemas de baixa pressão e vórtices ciclônicos. Também é a época de atuação frequente dos ciclones extratropicais, próximos ao Litoral,que oferecem perigo às embarcações, com ventos fortes e mar agitado, que muitas vezes resultam em ressaca.
Em relação à temperatura, a previsão é de valores próximos à média climatológica, nesse trimestre. Em abril, algumas massas de ar frio devem provocar geadas no Estado, sobretudo no Planalto Sul. Neste inicio de outono não há previsão de frio intenso, devido à influência do El Niño. No entanto, a partir de maio, as massas de ar devem chegar ao Sul do Brasil, provocando frio mais abrangente, com chance de geada ampla em Santa Catarina.
São caraterísticas do outono: veranicos, períodos prolongados de temperatura mais elevada (acima de 30°C), especialmente no mês de maio; grande amplitude térmica diária (diferença de temperatura mínima e máxima); e nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade.
A Temperatura da Superfície do Mar (TSM):
O monitoramento das condições oceânicas indica a persistência de anomalias positivas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) no Oceano Pacífico Equatorial, com valores próximos a 4,0º C como mostram as Figuras 1 e 2, indicando a persistência do El Niño. O consenso dos modelos de previsão climática indica o enfraquecimento do fenômeno durante o outono, atingindo a neutralidade até a metade do ano. Não se descarta a possibilidade de La Niña no segundo semestre.
Segundo estudos científicos, a maior influência do El Niño no Sul do Brasil ocorre na primavera do ano em que o fenômeno começa (2015) e no outono do ano seguinte (2016), se houver continuidade do fenômeno.
As informações são da meteorologista Gilsânia Cruz, da Epagri/Ciram
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