A Polícia Federal apreendeu documentos na manhã desta segunda-feira (19) em duas colônias de pescadores no Sul de Santa Catarina durante a Operação Peixe-Mosquito, que investiga suspeitas de fraudes em aposentadorias e seguros-defeso (assistência financeira dada durante o período em que é proibida a pesca). Segundo a PF, há indícios que os benefícios estariam sendo pagos a pessoas que não são pescadoras.
O presidente da Colônia de Pescadores Z-20, em Balneário Gaivota, Lirio Osvaldo de Oliveira, disse que os policiais estiveram no local e pediram documentos de uma pescadora. Foi mostrado a eles um documento original e os PFs levaram uma cópia. O G1 não conseguiu contato com a Colônia de Pescadores Z-16, de Araranguá.
Auditoria em 2015
Segundo a PF, a investigação começou a partir de uma auditoria interna da Previdência Social feita em 2015 que identificou dezenas de suspeitos. Dos 300 benefícios de pescadores dessas duas colônias, a polícia identificou indícios de fraudes em 160 deles.
O crime investigado é de estelionato. A PF afirmou que, durante a investigação, identificou suspeitas de uso de documentos ideologicamente falsos feitos pelas colônias para comprovar atividade pesqueira. Segundo a polícia, alguns documentos tinham datas anteriores à própria fundação das colônias.