A Polícia Federal emitiu nota oficial, na tarde desta segunda-feira (9), desautorizando o delegado Milton Fornazari Júnior de falar em nome da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo. A PF informou, ainda, que irá instaurar um processo administrativo-disciplinar contra ele.
O delegado afirmara, no sábado (7), em seu perfil em uma rede social, que os alvos da operação Lava Jato a partir de agora seriam o presidente Michel Temer (MDB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador Aécio Neves (PSDB).
“Agora é hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc).”
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a mensagem foi publicada no sábado (7), logo após a prisão de Lula, e apagado na noite de domingo (8).
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Veja a nota da PF:
Brasília/DF – Em referência à reportagem publicada na página A10 do jornal O Estado de S. Paulo de desta segunda-feira (9/4), informamos que:
1) O delegado de Polícia Federal Milton Fornazari Jr. não é responsável pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo, tendo exercido a chefia da delegacia de 26/10/2015 a 02/11/2016;
2) O mencionado servidor não faz parte do corpo diretivo da PF em São Paulo e tampouco é porta voz desta instituição;
3) A PF jamais se manifesta oficialmente por meio de perfis pessoais de seus servidores;
4) As declarações proferidas são de cunho exclusivamente pessoal e contrariam o normativo interno referente a manifestações em nome da instituição, razão pela qual serão tomadas as medidas administrativo-disciplinares em relação ao caso concreto;
5) A PF reitera seu compromisso, como polícia republicana, de trabalhar de forma isenta, discreta e apartidária, nos estritos limites da lei.