A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou nesta terça-feira (07) a operação “Estorno” com a finalidade de coibir o crime de lavagem de dinheiro e de buscar a “despatrimonialização” de um grupo criminoso dedicado ao furto de caixas eletrônicos como delito antecedente.
A ação é da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigação Criminais (DEIC/PCSC). O objetivo é o cumprimento de medidas cautelares probatórias e assecuratórias determinadas pelo Poder Judiciário.
A investigação apontou que um grupo catarinense se dedicava à prática de crimes de furtos em caixas eletrônicos aproveitando-se das baixas penas previstas para crimes sem violência contra pessoas.
Os trabalhos policiais revelaram que o lucro dos crimes eram investidos de maneira dissimulada em bens de alto valor, muitos dos quais adquiridos integralmente em espécie e, normalmente com o uso de interpostas pessoas (laranjas e testas de ferro).
O objetivo das medidas é a apreensão de documentos capazes de confirmar as hipóteses de ocultação e dissimulação que caracterizem a lavagem de dinheiro, confirmar a real situação do patrimônio sem respectivo lastro e a identificação de outros bens que não haviam sido identificados.
Buscas e prisões
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em Joinville e Balneário Barra do Sul, além de quatro mandados de prisão temporária.
Ainda foram sequestrados 06 imóveis, 33 veículos (incluindo 2 Land Rover, 3 BMW, 3 Mercedes e um Volvo, entre outros veículos de luxo), 3 embarcações, além do bloqueio de valores em contas bancárias e ativos financeiros.
As investigações contaram com o suporte técnico do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) e operacional das demais Delegacias Especializadas da DEIC/PCSC e da Delegacia Regional de Polícia de Joinville.
Trata-se da sexta operação policial deflagrada pela especializada da DEIC/PCSC somente este ano, que já contabiliza em torno de R$ 45 milhões de bens sequestrados.