Um posto de saúde pronto há três anos, no bairro Prado, em Biguaçu, está fechado porque não tem acesso. A porta foi construída a cinco metros do chão e só depois a prefeitura fez uma licitação para construir uma escada e colocar um elevador. Até agora, o elevador não foi instalado, a escada está sem corrimão e o posto não pode ser aberto.
O prédio custou mais de R$ 500 mil, com recursos do Ministério da Saúde. A prefeitura explicou que a obra foi dividida em duas partes, uma só do posto de saúde e a outra do acesso, que incluía uma escada e um elevador, só que uma foi finalizada antes da outra.
Com escada, mas sem corrimão
A escada ficou pronta, mas isso não quer dizer que os problemas para chegar até o posto foram resolvidos. “Tem escada mas não tem um corrimão, pra pessoa subir, e alta… acho bem dificultoso pra subir”, disse a cabeleireira Mari Celi da Silva.
Para garantir que os moradores consigam ter acesso ao posto, um elevador foi projetado, até começou a ser construído, mas deveria ter sido entregue em fevereiro.
“O que ocorre é que nós fizemos uma licitação, houve um vencedor e esse vencedor não entregou o equipamento. Ele alegou uma série de justificativas e não entregou, simplesmente assim”, declarou o secretário de saúde de Biguaçu, Heron Felício Pereira.
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A espera do elevador
O pregão para a compra do elevador foi homologado em setembro do ano passado. A vencedora foi a Metalúrgia Ascurra. Por telefone, o dono da empresa deu uma versão diferente. Por isso, um aditivo foi feito no contrato. Agora, a empresa tem até o dia 16 de abril pra entregar o elevador.
Um engenheiro da metalúrgica ainda vai fazer uma vistoria. Se tudo estiver de acordo, a instalação ainda deve demorar pelo menos mais cinco meses. A escada e o elevador devem custar ao município mais de R$ 150 mil. “A população quer resposta, quer saber o que tá sendo feito com os impostos que são arrecadados que todo mundo aqui paga”, afirmou o aposentado Geraldo Hoepers.