Um posto de combustíveis de Criciúma, no Sul do estado, foi autuado nesta quarta-feira (23) pelo Procon do município por cobrar R$ 5,99 o litro da gasolina comum e R$ 6,49 o da aditivada, informou o coordenador do órgão, Gustavo Colle. O Procon considerou os preços abusivos. O abastecimento de postos catarinense está sendo prejudicado pela greve dos caminhoneiros.
A paralisação dos caminhoneiros chegou ao terceiro dia nesta quarta contra o aumento no valor do diesel. Eles voltaram a passar a noite às margens das rodovias e até as 15h ao menos 60 pontos de atenção nas rodovias em Santa Catarina eram registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Há impactos no abastecimento de postos de combustível, em serviços de prefeituras, na entrega dos Correios, nos setores de alimentos e indústria, e portos.
Práticas abusivas
“Nesta manhã, o Procon de Criciúma recebeu inúmeras denúncias a respeito de uma prática abusiva do combustível num determinado posto de gasolina aqui da cidade”, relatou o coordenador. Em seguida, os fiscais foram até o local e constataram os preços. O estabelecimento fica no bairro Cidade Mineira.
“A gente autuou o posto com uma infração, orientado no Código de Defesa do Consumidor das práticas abusivas”, afirmou o coordenador. “O gerente do posto imediatamente, verificando que tinha esse abuso do poder econômico, baixou o preço da gasolina de R$ 5,99 para R$ 4,49”, disse Colle. A aditivida passou a ser vendida a R$ 4,99.
Com isso, o coordenador afirmou que o Procon municipal vai fiscalizar os 40 postos de combustíveis de Criciúma. “A gente está fazendo essa fiscalização porque muitos estão se aproveitando desse momento caótico que está o estado de Santa Catarina e Criciúma para fazer essa prática abusiva de elevar os preços e lucrar em cima dos consumidores”, disse.
“O posto vai ter o prazo de 10 dias para fazer a sua representação, a sua contestação. Caso não aceita pela Procuradoria do município, o Procon do município pode aplicar uma multa”, resumiu o coordenador.