Os proprietários de veículos abastecidos com Gás Natural Veicular (GNV) irão sentir o peso no bolso a partir do dia 1º de janeiro, quando entra em vigor o aumento médio de 40% na tarifa do metro cúbico repassado pela Companhia Catarinense de Gás (SCGÁS) aos postos de combustíveis. Na Grande Florianópolis, a estimativa é que o preço nas bombas fique entre R$ 5,80 a R$ 6,00 considerando todos os cálculos envolvidos. Hoje, o preço nas bombas gira entre R$ 4,50 e R$ 4,60.
A tarifa única praticada aos postos (sem impostos) que era de R$ 2,7830, passará para R$ 3,9484 por m³. Além do preço da tarifa e dos impostos, ainda tem a margem de lucro dos empresários do ramo de combustíveis.
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O aumento no preço é resultado da “mão pesada” da Petrobrás (monopolista no fornecimento de gás na região), que exigiu expressivo aumento do valor na renovação de contrato. A Petrobrás inicialmente queria dobrar o valor do gás natural, mas após negociações o reajuste da petroleira para as concessionárias da região Sul do país ficou em 44%.
As tarifas de gás natural variam semestralmente em Santa Catarina e são atualizadas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC) por meio da conta gráfica, ferramenta criada em 2016. O mecanismo acompanha as movimentações do custo do gás – valor pago pela SCGÁS ao supridor –, que varia de acordo com o as cotações do dólar e do petróleo do tipo Brent.
A SCGÁS afirma que, “mesmo com este aumento, o gás natural permanecerá mais competitivo que seus concorrentes (gasolina, etanol, óleo combustível e GLP) e continuará a ofertar economia e eficiência ao mercado catarinense, como acontece desde o ano 2000, quando começou a operação da distribuição no Estado“.