O prefeito de Antônio Carlos, Geraldo Pauli (MDB), comunicou, na tarde deste domingo (5), o registro de 11 casos confirmados de Covid-19 no município, até o momento. Nove são idosos que moravam na Casa de Repouso Recanto do Arvoredo e dois são funcionários daquele asilo. Do total de pacientes, dois idosos morreram – um homem de 87 anos que estava na UTI do Hospital Regional de São José e uma mulher de 66 anos que fora internada no Hospital Regional de Biguaçu.
Conforme Pauli, 55 coletas foram realizadas para testes do novo coronavírus. Quarenta e três exames deram negativo para o Sars-Cov-2 – sendo 20 de funcionários da casa de repouso, 19 de idosos daquele lar, e quatro funcionários da Secretaria de Saúde de Antônio Carlos. Um caso suspeito ainda aguarda finalização do laudo no Laboratório Central do Estado (Lacen).
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O gestor municipal aproveitou para comunicar restrição de despesas e serviços públicos municipais, visto que a previsão do Governo do Estado é de queda aproximada de 50% no repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “O ICMS é nossa maior fonte de arrecadação. Isso representa para Antônio Carlos uma perda mensal em torno de R$ 750 mil. Isso, se confirmando, teremos que fazer cortes em diversos setores”, anunciou.
Entre as medidas está a não nomeação de dois secretários para cargos que estão vagos, na Secretaria de Obras e Chefe de Gabinete. As tarefas da pasta de Obras serão acumuladas pela Secretaria de Agricultura. Também determinará a paralisação ou diminuição do ritmo das obras em andamento. A Prefeitura ainda estuda a redução da jornada de trabalho para seis horas – exceto nas áreas de Saúde e Educação – visando reduzir as despesas com combustível, água e energia elétrica.
Geraldo disse que irá rever a reposição salarial dos servidores públicos municipais. “A reposição salarial de 4,1% terá que ser revista, haja visto a recomendação do Ministério Público para que não se conceda reajuste ou reposição neste momento”.
O prefeito também fez um esclarecimento, de que a Prefeitura não tem poder para mandar abrir o comércio, pois “não cabe ao Município o fechamento ou abertura de empresas e serviços, isto cabe ao Estado. O decreto estadual se sobrepõe, está acima do decreto municipal. A crise atinge a todos nós. Esta, com certeza, é uma das mais graves, mas irá passar. A vida está acima de tudo. A prevenção é o melhor remédio contra o vírus”, finalizou