G1 – O prefeito de Florianópolis,Gean Loureiro (sem partido), preso na Operação Chabu, da Polícia Federal, foi liberado na noite desta terça-feira (18) depois de prestar depoimento. O desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4), que determinou a prisão temporária, mandou que o politico seja afastado do cargo de prefeito por 30 dias.
A operação investiga a violação de sigilo de operações policiais em Santa Catarina envolvendo políticos, empresários, e servidores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Os motivos da prisão do prefeito, ocorrida na manhã desta terça, não foram informados.
Em coletiva na noite desta terça, Loureiro afirmou que é inocente, que se sente injustiçado e que vai tentar revogar na Justiça a determinação do afastamento da função de chefe do Executivo municipal. Falou ainda que foi liberado porque a PF não viu indícios para mantê-lo preso. A assessoria do TRF4 disse que o desembargador concedeu ao delegado a possibilidade de relaxamento da prisão.
Também foi liberado na noite desta terça o policial rodoviário federal Marcelo Roberto Paiva Winter, diretor de comunicação do sindicato da categoria (SINPRF-SC), também preso de forma temporária. A informação foi confirmada pela PF.
Os outros presos temporariamente são:
- Fernando Caieron, delegado da PF, preso em Porto Alegre (RS);
- Luciano Veloso Lima, que foi secretário da Casa Civil no governo de Eduardo Moreira (MDB);
- Hélio Sant’Anna e Silva Júnior, delegado aposentado da Polícia Federal;
- José Augusto Alves, empresário;
- Luciano da Cunha Teixeira.
A investigação aponta para os crimes de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, e tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa.
Foram expedidos ainda 23 mandados de busca e apreensão, cumpridos na empresa de tecnologia Grupo Nexxera, em Florianópolis, na Prefeitura da capital, e no gabinete e na casa do prefeito. O processo corre em segredo de Justiça. A operação foi deflagrada pela PF de Brasília.