O prefeito em exercício de Biguaçu, Vilson Norberto Alves (PP), e o prefeito licenciado, Ramon Wollinger (PSD), cobraram, na tarde desta quinta-feira (20), da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o restabelecimento do pagamento de 7% do faturamento da companhia no município e o término das obras de esgoto.
Os gestores municipais se reuniram na sede da Casan com a presidente Roberta Mass dos Anjos e com a Diretoria Executiva. Também foi solicitada a revisão do Plano Municipal de Saneamento.
Repasse de 7%
Ramon e Vilson cobraram a revisão do contrato de gestão compartilhada do município com a Casan. A Prefeitura pede a retomada do repasse de parte dos valores que a companhia recebe pelos serviços prestados em Biguaçu. No início do acordo, a cidade recebia mensalmente 7% do valor. O repasse não é feito desde 2012.
Obras do esgoto
Iniciadas em 2015, as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário foram paralisadas em razão de ação judicial movida pela Associação de Moradores do Loteamento Deltaville, que questionam a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no bairro Beira Rio. Uma liminar suspendeu a execução dos trabalhos até que se defina um novo local.
No encontro com a diretoria da Casan, ficou definido que o município e a companhia realizarão em conjunto um estudo para definir novo local para construção da estação e continuidade das obras.
Ainda relacionado às obras de esgoto, Vilson e Ramon cobraram a manutenção das ruas que a tubulação já foi implantada e que estão apresentando problemas na drenagem pluvial. “Enquanto não resolvemos o reinício das obras, queremos que sejam feitos reparos na nossa rede de drenagem, que com as obras da Casan foi deslocada ou assoreada e que em algumas localidades não está dando vazão em dias de chuva”, defendeu o prefeito em exercício.
Celeridade nos pagamentos
O problema da manutenção e recuperação pós-intervenções da Casan foi o terceiro assunto da reunião. Os serviços são executados por empresa contratada pela Prefeitura, que após elaborar relatório encaminha as medições para a companhia efetuar o pagamento.
Segundo Vilson a empresa espera até cinco meses para receber, o que inviabiliza para a mesma continuar prestando o serviço para o município. “É preciso mais celeridade, é preciso identificar o que causa tanta demora”, cobrou o prefeito em exercício.
De acordo com o diretor financeiro da Casan, Ivan Gabriel Coutinho, uma nova metodologia de trabalho foi adotada buscando solucionar o problema. “Uma das prioridades estabelecidas pela nova diretoria é a redução do tempo para analisar os processos, medições e realizar os pagamentos”, comentou.
“Estamos com nosso gabinete aberto para atender as solicitações e demandas do município de Biguaçu. Nossa meta é realizar um trabalho transparente, técnico e que ofereça um serviço de qualidade para todos”, disse a presidente Roberta.
Plano Municipal de Saneamento
Nos próximos dias a Prefeitura estará encaminhando expediente solicitando a revisão do plano, trabalho que é realizado a cada quatro anos e que estabelece diretrizes, metas e um cronograma de ações e investimentos.
A reunião foi acompanhada pelo secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Casa Civil, Matheus Hoffmann Machado, e pela procuradora-geral do Município de Biguaçu, Karina Fonseca.