O secretário de Saúde de Biguaçu, Ângelo Ramos Vieira, informou, nesta quinta-feira à tarde, que a negociação entre a Prefeitura e os médicos que atendem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está adiantada para que os profissionais passem a ser remunerados pelo município, e não mais pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev).
Após uma reunião na terça-feira à noite, quando os médicos disseram ao prefeito Ramon Wollinger que não trabalhariam mais para o Isev por desacerto salarial, outro encontro foi realizado, nesta quarta-feira, na sede do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, em Florianópolis.
Conforme Vieira, tudo está encaminhado para que a prefeitura assuma os médicos da UPA em caráter emergencial. “O prefeito enviará um projeto de lei aos vereadores, que vai ser analisado em regime de urgência pelo Poder Legislativo. Feito isso, teremos embasamento jurídico para manter o corpo clínico, sem qualquer prejuízo à população no atendimento da UPA”, informou, ao Biguá News.
Os profissionais de medicina desistiram de continuar prestando serviços à Isev afirmando que há dois meses não estavam mais recebendo o que fora acertado quando foram contratados. A empresa terceirizada ajustou o trabalho dos médicos pagando determinado valor na carteira e outra parte em forma de “horas extras”. Contudo, como a prefeitura diminuiu o repasse devido à crise financeira, o instituto deixou de saldar o combinado verbalmente e passou a depositar na conta de seus funcionários apenas a quantia prevista no contrato de trabalho. Com isso, os salários caíram quase pela metade, causando a insatisfação.